'Apaixonada pela educação', 'humana e sábia': quem era a professora achada morta com sinais de violência sexual

Corpo de professora achada morta estava coberto por lençol e com sinais de violência sexual
A professora de história Soraya Tatiana Bonfim França, de 56 anos, encontrada morta na tarde deste domingo, era licenciada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e dava aulas do Colégio Santa Marcelina, em Belo Horizonte, desde 2017 (relembre o caso abaixo).
A polícia encontrou o corpo de Soraya após receber denúncia de um corpo abandonado perto de um viaduto em Vespasiano, na Grande BH. O filho dela havia registrado o desaparecimento da mãe depois que o celular dela parou de receber mensagens na sexta-feira (18). O corpo foi achado seminu, com sinais de violência sexual e queimaduras, envolto por um lençol.
Segundo a direção do Colégio Santa Marcelina, Soraya dava aulas para as turmas do 7° e 9° anos. Só lá, ela deu aula para mais de 2.000 alunos.
"Era uma professora muito dedicada e competente, muito responsável com tudo que fazia, uma apaixonada pela educação. Sempre tinha uma mensagem de acolhimento e carinho para os alunos, sempre motivando pra continuarem estudando. A marca dela era o sorriso e a gentileza com todos que ela encontrava", disse a diretora pedagógica, irmã Roseli Hart.
Professora Soraya Tatiana com alunos do Colégio Santa Marcelina.
Divulgação Colégio Santa Marcelina
Projeto Cidadania
Nos últimos anos, a professora Soraya assumiu a coordenação do Projeto Cidadania, iniciativa que existe há mais de 20 anos no colégio. Alunos do 9° ano da instituição participam de pesquisas que envolvem situações em que a cidadania precisa ser exercida e pesquisam informações sobre justiça social e paz.
"Ela sempre estava à frente deste projeto, com muita empolgação. Era um projeto que ajudava os alunos a ser bons cidadãos. Receber uma notícia de alguém tão próximo a nós ter a vida encerrada de forma tão brutal é muito doloroso", lamentou irmã Roseli.
Ana Clara Trigueiro foi aluna da professora Soraya e hoje é estudante de arquitetura. Em 2020, participou do Projeto Cidadania.
"Eu e minhas colegas estamos devastadas e sem rumo desde ontem - não só como ex-alunas, mas também como mulheres. A Tati era muito humana, muito sábia e muito apaixonada pela educação. Na pandemia, um momento tão conturbado, entreguei uma atividade falando de solidão, e ela sem hesitar me mandou mensagem me oferecendo apoio e dizendo que sempre estava presente para nós", relembrou Ana Clara.
"No nosso primeiro dia de aula, ela se apresentou e entregou um bilhetinho muito carinhoso, falando que estava muito empolgada para nos conhecer. Estamos desestruturados, mas com a esperança de que a justiça seja feita", desabafou.
Mobilização da comunidade escolar
A irmã Roseli Hart contou que, desde o momento em que se confirmou o desaparecimento de Soraya, toda a comunidade escolar se mobilizou. Avisos foram colocados nas redes sociais.
"Nós recebemos a notícia do desaparecido através de uma professora que foi comunicada pelo filho da professora Soraya. A partir desse momento, junto com a família e outros dois professores começamos a buscar informações. Procuramos em hospitais e lugares onde ela poderia estar. Até no próprio IML foi feita a busca", explicou a diretora pedagógica, irmã Rosli Hart.
Entenda o que aconteceu
Desde a última sexta-feira (18), o filho de Soraya Franca, não conseguiu contato com a mãe.
Ao enviar mensagens e perceber que não eram respondidas, o filho pediu à tia para ir até o apartamento onde ela morava. Um chaveiro foi chamado mas não havia ninguém no imóvel.
Na casa não havia sinais de arrombamento ou violência. O carro da professora estava na garagem, mas óculos, celular e chaves, não foram encontrados. O filho tentou rastrear o celular da mãe, mas não conseguiu achar a localização.
O filho relatou a polícia que a última vez que viu a mãe foi na quinta-feira (17), à noite, quando saiu para viajar para a Serra do Cipó e ela estava na sala, vestida para dormir.
A Polícia Militar recebeu informações, na tarde de domingo, de que havia um corpo no Conjunto Caieiras, em Vespasiano, região Metropolitana de Belo Horizonte. Soraya estava seminua, com sinais de possível violência sexual.
A identificação do corpo foi feita, principalmente por haver uma tatuagem nas costas e pela armação dos óculos.
Velório e enterro
O velório da professora Soraya Tatiana está previsto para começar nesta segunda-feira (21) às 17h30, no Cerimonial Santa Casa. O enterro está marcado para esta terça-feira (22), 9h30, no Cemitério da Paz.
Professora Soraya Tatiana, encontrada morta em Vespasiano, na Grande BH, com sinais de violência sexual
Arquivo pessoal
Soraya Tatiana, de 56 anos, era professora em um colégio particular de Belo Horizonte.
Redes Sociais
Confira os vídeos mais assistidos do g1 Minas:
A professora de história Soraya Tatiana Bonfim França, de 56 anos, encontrada morta na tarde deste domingo, era licenciada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e dava aulas do Colégio Santa Marcelina, em Belo Horizonte, desde 2017 (relembre o caso abaixo).
A polícia encontrou o corpo de Soraya após receber denúncia de um corpo abandonado perto de um viaduto em Vespasiano, na Grande BH. O filho dela havia registrado o desaparecimento da mãe depois que o celular dela parou de receber mensagens na sexta-feira (18). O corpo foi achado seminu, com sinais de violência sexual e queimaduras, envolto por um lençol.
Segundo a direção do Colégio Santa Marcelina, Soraya dava aulas para as turmas do 7° e 9° anos. Só lá, ela deu aula para mais de 2.000 alunos.
"Era uma professora muito dedicada e competente, muito responsável com tudo que fazia, uma apaixonada pela educação. Sempre tinha uma mensagem de acolhimento e carinho para os alunos, sempre motivando pra continuarem estudando. A marca dela era o sorriso e a gentileza com todos que ela encontrava", disse a diretora pedagógica, irmã Roseli Hart.
Professora Soraya Tatiana com alunos do Colégio Santa Marcelina.
Divulgação Colégio Santa Marcelina
Projeto Cidadania
Nos últimos anos, a professora Soraya assumiu a coordenação do Projeto Cidadania, iniciativa que existe há mais de 20 anos no colégio. Alunos do 9° ano da instituição participam de pesquisas que envolvem situações em que a cidadania precisa ser exercida e pesquisam informações sobre justiça social e paz.
"Ela sempre estava à frente deste projeto, com muita empolgação. Era um projeto que ajudava os alunos a ser bons cidadãos. Receber uma notícia de alguém tão próximo a nós ter a vida encerrada de forma tão brutal é muito doloroso", lamentou irmã Roseli.
Ana Clara Trigueiro foi aluna da professora Soraya e hoje é estudante de arquitetura. Em 2020, participou do Projeto Cidadania.
"Eu e minhas colegas estamos devastadas e sem rumo desde ontem - não só como ex-alunas, mas também como mulheres. A Tati era muito humana, muito sábia e muito apaixonada pela educação. Na pandemia, um momento tão conturbado, entreguei uma atividade falando de solidão, e ela sem hesitar me mandou mensagem me oferecendo apoio e dizendo que sempre estava presente para nós", relembrou Ana Clara.
"No nosso primeiro dia de aula, ela se apresentou e entregou um bilhetinho muito carinhoso, falando que estava muito empolgada para nos conhecer. Estamos desestruturados, mas com a esperança de que a justiça seja feita", desabafou.
Mobilização da comunidade escolar
A irmã Roseli Hart contou que, desde o momento em que se confirmou o desaparecimento de Soraya, toda a comunidade escolar se mobilizou. Avisos foram colocados nas redes sociais.
"Nós recebemos a notícia do desaparecido através de uma professora que foi comunicada pelo filho da professora Soraya. A partir desse momento, junto com a família e outros dois professores começamos a buscar informações. Procuramos em hospitais e lugares onde ela poderia estar. Até no próprio IML foi feita a busca", explicou a diretora pedagógica, irmã Rosli Hart.
Entenda o que aconteceu
Desde a última sexta-feira (18), o filho de Soraya Franca, não conseguiu contato com a mãe.
Ao enviar mensagens e perceber que não eram respondidas, o filho pediu à tia para ir até o apartamento onde ela morava. Um chaveiro foi chamado mas não havia ninguém no imóvel.
Na casa não havia sinais de arrombamento ou violência. O carro da professora estava na garagem, mas óculos, celular e chaves, não foram encontrados. O filho tentou rastrear o celular da mãe, mas não conseguiu achar a localização.
O filho relatou a polícia que a última vez que viu a mãe foi na quinta-feira (17), à noite, quando saiu para viajar para a Serra do Cipó e ela estava na sala, vestida para dormir.
A Polícia Militar recebeu informações, na tarde de domingo, de que havia um corpo no Conjunto Caieiras, em Vespasiano, região Metropolitana de Belo Horizonte. Soraya estava seminua, com sinais de possível violência sexual.
A identificação do corpo foi feita, principalmente por haver uma tatuagem nas costas e pela armação dos óculos.
Velório e enterro
O velório da professora Soraya Tatiana está previsto para começar nesta segunda-feira (21) às 17h30, no Cerimonial Santa Casa. O enterro está marcado para esta terça-feira (22), 9h30, no Cemitério da Paz.
Professora Soraya Tatiana, encontrada morta em Vespasiano, na Grande BH, com sinais de violência sexual
Arquivo pessoal
Soraya Tatiana, de 56 anos, era professora em um colégio particular de Belo Horizonte.
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