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21h

Família de funcionário morto após denunciar esquema de tráfico no Aeroporto Internacional de SP será indenizada em R$ 1,2 milhão

Família de funcionário morto após denunciar esquema de tráfico no Aeroporto Internacional de SP será indenizada em R$ 1,2 milhão
Família de funcionário morto após denunciar esquema de tráfico no Aeroporto Internacional
A Justiça de São Paulo determinou que a família de Arisson Moreira Júnior, um funcionário que trabalhava no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e foi assassinado em 2020, seja indenizada em R$1, 2 milhões pela concessionária GRU Airport e por duas empresas terceirizadas.
A decisão também prevê uma pensão para os dois filhos menores de Arisson.
Na época, ele tinha 34 anos e foi executado com sete tiros ao retornar para casa, apenas quatro dias após denunciar um esquema de tráfico de drogas dentro do aeroporto. O crime ocorreu em 9 de janeiro de 2020.
Arisson desconfiou de um colega de trabalho que procurava duas malas em uma esteira de bagagens e acionou a polícia. Agentes da Polícia Federal (PF) encontraram 60 kg de cocaína dentro das malas.
A investigação concluiu que a ordem para matar Arisson partiu de traficantes, como vingança pela apreensão da droga.
Márcio Peres, o colega de trabalho que foi denunciado por Arisson naquele dia, foi condenado pelo crime e pegou 33 anos de prisão. A morte de Arisson deflagrou várias investigações para identificar e prender traficantes que atuavam no aeroporto. Recentemente, a PF prendeu o homem apontado como chefe de uma das quadrilhas que trocavam malas comuns por bagagens cheias de cocaína, um esquema que resultou na prisão de duas brasileiras na Alemanha por um mês.
A família de Arisson entrou com uma ação na Justiça pedindo a indenização em 2023, o pedido foi negado em primeira instância, mas o processo foi levado ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Por unanimidade, três desembargadores acolheram os recursos dos advogados da família.
A decisão determina que a GRU Airport e outras duas empresas paguem uma indenização por danos morais à mulher e aos dois filhos de Arisson.
O desembargador Emílio Migliano Neto, relator do processo, destacou em seu voto que, apesar de o homicídio ter ocorrido fora do local de trabalho, "é evidente que o crime foi motivado por fato diretamente relacionado à atividade profissional de Arisson".
Ele também afirmou que "as empresas não adotaram providências adequadas para garantir a segurança da vítima, mesmo cientes da gravidade dos fatos e da possível retalhação por parte da organização criminosa".
Além da indenização, a decisão estabelece que os dois filhos de Arisson, que são menores de idade, recebam uma pensão mensal no valor de 2/3 do salário mínimo até completarem 25 anos de idade.
A GRU Airport informou que o caso está sob segredo de justiça. As empresas terceirizadas Nata Brasil, onde Arisson trabalhava, e Orbital, onde Márcio trabalhava, não responderam aos questionamentos.
Funcionário do Aeroporto Internacional de SP, em Guarulhos, que foi morto após denunciar esquema de tráfico de drogas no local
Reprodução/TV Globo

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