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Itália anuncia construção de maior ponte suspensa do mundo

Itália anuncia construção de maior ponte suspensa do mundo
Projeto da ponte do Estreito de Messina, com maior vão suspenso do mundo, na Itália.
Divulgação/Ministério dos Transportes da Itália
O governo italiano anunciou nesta quarta-feira um projeto de 13,5 bilhões de euros (cerca de R$ 86,3 bilhões) para construir a ponte suspensa mais longa do mundo, que ligará ilha da Sicília à Itália continental.
Após décadas de planejamento —e considerável controvérsia—, um comitê ministerial deu o sinal verde para a construção da ponte sobre o Estreito de Messina, que será financiada pelo Estado, anunciou o ministro de Transportes e Infraestrutura, Matteo Salvini.
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“Será a ponte com o maior vão único do mundo” e funcionará como um “acelerador de desenvolvimento” para as regiões empobrecidas de ambos os lados, ou seja, a ilha da Sicília e a região sul da Calábria, afirmou ele durante uma coletiva de imprensa.
Chamada de "uma obra-prima da engenharia", a ponte foi projetada para ter seis faixas para veículos, três em cada sentido, e duas linhas ferroviárias no centro delas, com um vão suspenso de 3,3 km estendido entre duas torres de 400 metros de altura, um recorde mundial.
Apesar de ter extensão muito menor que a ponte Rio-Niterói, por exemplo —que tem pouco mais de 13 km—, o detalhe técnico é que a ponte italiana terá o maior vão suspenso do mundo, que é a distância entre duas torres de sustentação, sem apoios intermediários. Atualmente, a ponte com o maior vão suspenso do mundo é a Çanakkale 1915, na Turquia, com um vão de 2.023 metros.
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Com conclusão prevista para 2032, o governo afirma que a ponte está na vanguarda da engenharia, capaz de suportar ventos fortes e terremotos em uma região situada sobre duas placas tectônicas.
Os ministros esperam que a obra traga crescimento econômico e empregos, com Salvini — que também é vice-primeiro-ministro — prometendo que o projeto criará dezenas de milhares de postos de trabalho.
No entanto, ele gerou protestos locais por causa do impacto ambiental e do custo, com críticos dizendo que o dinheiro poderia ser melhor gasto em outras áreas.
Outros críticos acreditam que a ponte nunca sairá do papel, apontando para um longo histórico de obras públicas anunciadas, financiadas, mas nunca concluídas na Itália.
O projeto já teve várias tentativas frustradas, com os primeiros planos elaborados há mais de 50 anos.
O consórcio Eurolink, liderado pelo grupo italiano Webuild, venceu a licitação em 2006, mas viu o projeto ser cancelado após a crise da dívida da zona do euro. O consórcio continua sendo o contratado para o projeto retomado.
Desta vez, Roma tem um incentivo extra para avançar —classificando o custo da ponte como gasto com defesa.
A Itália, endividada, concordou, juntamente com outros aliados da OTAN, em aumentar maciçamente seus gastos com defesa para 5% do PIB, a pedido do presidente dos EUA, Donald Trump.
Desse total, 1,5% pode ser gasto em áreas “relacionadas à defesa”, como cibersegurança e infraestrutura. Roma espera que a ponte de Messina se qualifique, especialmente porque a Sicília abriga uma base da Otan.
Transmissão ao vivo g1

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