Quem é o 'Cowboy de Rondônia', produtor e locutor de rodeio preso nos EUA pela política anti-imigração

Prisões de brasileiros nos EUA repercutem na imprensa americana
Reprodução/TV Globo
A política de endurecimento contra imigrantes nos Estados Unidos tem impactado diretamente a vida de milhares de brasileiros que vivem no país. Um dos casos mais recentes é o de Adewalter Machesky, produtor rural conhecido como “Cowboy de Rondônia”, preso no mês passado por agentes do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândega) em uma fazenda na região de Framingham, em Massachusetts.
A história do rondoniense repercutiu na imprensa americana em diversos portais de notícias em Rondônia após a prisão. O g1 conversou com a esposa de Adewalter, Marineuza Majesky, que contou detalhes sobre a vida e a prisão do marido nos Estados Unidos.
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Segundo Marineuza, a prisão foi revogada após o pagamento de uma fiança de US$ 20 mil. No entanto, o Departamento de Homeland Security, responsável pela segurança nacional do país, recorreu da decisão. O órgão deve apresentar os motivos por não aceitar a fiança nos próximos 30 dias.
A família e a defesa de Cowboy estima que ele possa ser solto no fim do mês de agosto, quando o processo migratório estiver mais avançado.
Ao g1, o Ministério das Relações Exteriores respondeu em nota que permanece à disposição pra prestar assistência consular aos familiares do brasileiro.
História do Rondoniense
“Cowboy de Rondônia”, produtor rural Adewalter Machesky
Reprodução/Redes sociais
Natural de Ouro Preto do Oeste (RO), Adewalter morou por mais de 20 anos no município antes de se mudar para os Estados Unidos. Em Massachusetts, ele se destacou como produtor de milho e também passou a ser figura conhecida em eventos sertanejos da comunidade brasileira.
"Se perguntarem quem é Adewalter, ninguém vai saber. Mas se perguntarem pelo 'Cowboy de Rondônia', todo mundo conhece", contou Marineuza.
O apelido é usado como nome artístico nas apresentações que ele faz como berranteiro e locutor de rodeio. De acordo com a esposa, o “Cowboy de Rondônia” tem três DVDs gravados e dois CDs lançados, e conciliava a vida no campo com a paixão pelos eventos sertanejos.
“Cowboy de Rondônia”, produtor rural Adewalter Machesky
Reprodução/redes sociais
O casal tem uma filha de 15 anos. A família vive e trabalha em uma fazenda arrendada onde cultivam milho, jiló e outros vegetais voltados especialmente para a comunidade brasileira. Com a prisão de Adewalter, Marineuza e a filha passaram a cuidar sozinhas da propriedade. Desde a detenção, mãe e filha mantêm a rotina da fazenda à espera do retorno do “Cowboy"
“Estamos fazendo o possível para manter tudo funcionando até ele voltar”, contou Marineuza.
Prisão
Segundo Marineuza, no dia da prisão, os agentes do ICE encontraram Adewalter quando ele retornava do trabalho. Após uma abordagem, foi identificado que o Cowboy estava em situação migratória irregular e efetuaram a prisão.
“Ele foi preso aqui num domingo, Dia dos Pais [15 de junho, data comemorada nos Estados Unidos]. A gente estava se preparando para almoçar mais tarde, todos juntos. Foi um dia muito triste. [...] Ele estava no lugar errado, na hora errada”, relembra a esposa.
Após a prisão, começaram a circular boatos de que o “Cowboy de Rondônia” teria sido detido por maus-tratos a animais, em referência a uma denúncia feita em 2021. Diante da repercussão, Marineuza esclareceu que o caso já foi resolvido na Justiça norte-americana.
“Essa história já foi encerrada. Foi uma denúncia falsa feita por uma vizinha que queria comprar a fazenda. Ela mesma retirou a queixa e o processo foi arquivado. Ele foi inocentado”, afirmou.
Ela reforça que a prisão atual é exclusivamente por questões migratórias e que não há nenhuma acusação criminal pendente contra o marido. A liberação foi autorizada por um juiz após o pagamento da fiança.
Espera pela liberdade
A defesa do Cowboy, representada pelo advogado Adam Elman, informou que o tipo de recurso feito pelo Departamento de Homeland Security é comum, tanto por parte da defesa quanto do Ministério Público, sendo um procedimento legal regular.
A defesa diz estar confiante na libertação do rondoniense, pois ele se qualifica no processo de Cancellation of Removal, que pode garantir o direito à residência permanente.
“Ele está nos Estados Unidos há mais de 10 anos e possui filhos americanos, que podem peticionar em seu nome para regularizar sua situação. Estamos confiantes de que podemos continuar lutando em favor dele e de outros brasileiros em situações semelhantes”, explica a advogado.
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Veja notícias de Rondônia
Reprodução/TV Globo
A política de endurecimento contra imigrantes nos Estados Unidos tem impactado diretamente a vida de milhares de brasileiros que vivem no país. Um dos casos mais recentes é o de Adewalter Machesky, produtor rural conhecido como “Cowboy de Rondônia”, preso no mês passado por agentes do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândega) em uma fazenda na região de Framingham, em Massachusetts.
A história do rondoniense repercutiu na imprensa americana em diversos portais de notícias em Rondônia após a prisão. O g1 conversou com a esposa de Adewalter, Marineuza Majesky, que contou detalhes sobre a vida e a prisão do marido nos Estados Unidos.
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Segundo Marineuza, a prisão foi revogada após o pagamento de uma fiança de US$ 20 mil. No entanto, o Departamento de Homeland Security, responsável pela segurança nacional do país, recorreu da decisão. O órgão deve apresentar os motivos por não aceitar a fiança nos próximos 30 dias.
A família e a defesa de Cowboy estima que ele possa ser solto no fim do mês de agosto, quando o processo migratório estiver mais avançado.
Ao g1, o Ministério das Relações Exteriores respondeu em nota que permanece à disposição pra prestar assistência consular aos familiares do brasileiro.
História do Rondoniense
“Cowboy de Rondônia”, produtor rural Adewalter Machesky
Reprodução/Redes sociais
Natural de Ouro Preto do Oeste (RO), Adewalter morou por mais de 20 anos no município antes de se mudar para os Estados Unidos. Em Massachusetts, ele se destacou como produtor de milho e também passou a ser figura conhecida em eventos sertanejos da comunidade brasileira.
"Se perguntarem quem é Adewalter, ninguém vai saber. Mas se perguntarem pelo 'Cowboy de Rondônia', todo mundo conhece", contou Marineuza.
O apelido é usado como nome artístico nas apresentações que ele faz como berranteiro e locutor de rodeio. De acordo com a esposa, o “Cowboy de Rondônia” tem três DVDs gravados e dois CDs lançados, e conciliava a vida no campo com a paixão pelos eventos sertanejos.
“Cowboy de Rondônia”, produtor rural Adewalter Machesky
Reprodução/redes sociais
O casal tem uma filha de 15 anos. A família vive e trabalha em uma fazenda arrendada onde cultivam milho, jiló e outros vegetais voltados especialmente para a comunidade brasileira. Com a prisão de Adewalter, Marineuza e a filha passaram a cuidar sozinhas da propriedade. Desde a detenção, mãe e filha mantêm a rotina da fazenda à espera do retorno do “Cowboy"
“Estamos fazendo o possível para manter tudo funcionando até ele voltar”, contou Marineuza.
Prisão
Segundo Marineuza, no dia da prisão, os agentes do ICE encontraram Adewalter quando ele retornava do trabalho. Após uma abordagem, foi identificado que o Cowboy estava em situação migratória irregular e efetuaram a prisão.
“Ele foi preso aqui num domingo, Dia dos Pais [15 de junho, data comemorada nos Estados Unidos]. A gente estava se preparando para almoçar mais tarde, todos juntos. Foi um dia muito triste. [...] Ele estava no lugar errado, na hora errada”, relembra a esposa.
Após a prisão, começaram a circular boatos de que o “Cowboy de Rondônia” teria sido detido por maus-tratos a animais, em referência a uma denúncia feita em 2021. Diante da repercussão, Marineuza esclareceu que o caso já foi resolvido na Justiça norte-americana.
“Essa história já foi encerrada. Foi uma denúncia falsa feita por uma vizinha que queria comprar a fazenda. Ela mesma retirou a queixa e o processo foi arquivado. Ele foi inocentado”, afirmou.
Ela reforça que a prisão atual é exclusivamente por questões migratórias e que não há nenhuma acusação criminal pendente contra o marido. A liberação foi autorizada por um juiz após o pagamento da fiança.
Espera pela liberdade
A defesa do Cowboy, representada pelo advogado Adam Elman, informou que o tipo de recurso feito pelo Departamento de Homeland Security é comum, tanto por parte da defesa quanto do Ministério Público, sendo um procedimento legal regular.
A defesa diz estar confiante na libertação do rondoniense, pois ele se qualifica no processo de Cancellation of Removal, que pode garantir o direito à residência permanente.
“Ele está nos Estados Unidos há mais de 10 anos e possui filhos americanos, que podem peticionar em seu nome para regularizar sua situação. Estamos confiantes de que podemos continuar lutando em favor dele e de outros brasileiros em situações semelhantes”, explica a advogado.
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