Dentista preso tirou foto da ex durante aborto em motel pouco antes de ela morrer, diz delegado

Dentista tira foto durante aborto que matou jovem em Ceres
Divulgação/Polícia Civil
O dentista preso após a morte da ex em Ceres, na região central de Goiás, tirou uma foto durante a realização do aborto em um motel, pouco antes da morte da jovem, de 20 anos, segundo o delegado Matheus Costa Melo (veja acima). Uma técnica de enfermagem, namorada do suspeito, foi a responsável por aplicar a medicação abortiva, conforme investigado.
"Os dois suspeitos foram indiciados por aborto consentido e homícidio qualificado pelo dolo eventual. A Polícia Civil constatou que os dois, que são da área da saúde, um odontólogo e uma técnica de enfermagem, assumiram o compromisso de provocar a morte da vítima", afirmou o investigador.
Durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (11), o delegado informou que o inquérito policial foi concluído na sexta-feira (8). A Polícia Civil analisou documentos, laudos e dados extraídos de celulares dos investigados e da vítima. A investigação identificou que a jovem havia consentido com o aborto.
O suspeito e a vítima haviam se relacionado anteriormente e ela estava grávida de cerca de dois meses, informou o investigador. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, por isso o g1 não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.
Em nota, o Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) disse que está acompanhando o caso e se solidarizou com a família da jovem. "A conduta da profissional, caso confirmada, será analisada à luz da ética e da legislação que rege o exercício da enfermagem", frisou o órgão (leia o posicionamento na íntegra ao final do texto).
O Conselho Regional de Odontologia de Goiás (Cro-GO) pontuou em nota que o caso não tem relação com o exercício da profissão, mas que acompanha as investigações com atenção (leia nota completa abaixo).
Em nota, o motel lamentou o falecimento da vítima e disse que "não compactua com qualquer prática ilegal ou que atente contra a vida e os direitos humanos" (leia a nota completa ao final do texto).
Leia a nota do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás:
"O Coren-GO informa que está acompanhando, com atenção, as apurações relacionadas ao envolvimento de uma profissional da enfermagem em um caso ocorrido no município de Ceres, nesta sexta-feira (01/08), que resultou no falecimento de uma mulher após uma suposta tentativa de aborto.
O Coren-GO expressa solidariedade aos familiares e amigos da vítima neste momento de dor e se coloca à disposição das autoridades competentes para colaborar com os esclarecimentos necessários, respeitando os trâmites legais e o devido processo.
A conduta da profissional, caso confirmada, será analisada à luz da ética e da legislação que rege o exercício da enfermagem."
Nota do Conselho Regional de Odontologia de Goiás
"Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CROGO) informa que tomou conhecimento do caso em questão, através de notícias veiculadas pela imprensa, e que acompanha com atenção os desdobramentos das investigações.
A princípio, o caso não tem relação com o exercício profissional da Odontologia e, aparentemente, com a competência do CROGO, entidade prestadora de serviço público, instituída pela Lei nº 4.324, de 14 de abril de 1964, para fiscalizar as profissões odontológicas regulamentadas - cirurgião-dentista, técnico em prótese dentária, técnico em saúde bucal, auxiliar em saúde bucal, auxiliar em prótese dentária - , em defesa da sociedade.
Importante esclarecer à sociedade civil que o CROGO instaura e julga, por meio de sua Comissão de Ética e de seu Plenário, os processos éticos contra profissionais e estabelecimentos que infringem as normas éticas, tendo o poder de puni-los, inclusive com a cassação do registro profissional ad referendum do Conselho Federal de Odontologia.
Caso seja instaurado processo ético em desfavor do profissional que cometeu o crime, a tramitação correrá sob sigilo.
Com relação ao registro profissional, informa-se que, atualmente, a inscrição do profissional está ativa perante o CROGO, segundo consulta pública."
Nota de posicionamento do motel
"A empresa vem exteriorizar que lamenta profundamente pelo trágico ocorrido da última sexta-feira, dia 01 de agosto de 2025, reforçando que não compactua com qualquer prática ilegal ou que atente contra a vida e os direitos humanos.
Informamos ainda que logo que tomamos ciência sobre a situação, colaboramos integralmente com as autoridades competentes, fornecendo todas as imagens, registros e informações solicitadas, reafirmando nosso compromisso com a legalidade e a transparência.
Reforçamos ainda que as alegações de que o motel apresentou resistência às investigações são absolutamente falsas. Toda a equipe do motel esteve à disposição desde o primeiro contato, contribuindo de forma ética e responsável com o trabalho da polícia.
Por fim, destacamos que o motel não possui qualquer envolvimento, responsabilidade ou conhecimento prévio sobre os atos praticados por terceiros em nossas dependências, e continuamos confiando plenamente na apuração da verdade por parte das autoridades.
Agradecemos a compreensão e pedimos cautela na disseminação de informações sem confirmação oficial, em respeito à honra de nossa equipe e à seriedade com que conduzimos nosso trabalho há anos."
Divulgação/Polícia Civil
O dentista preso após a morte da ex em Ceres, na região central de Goiás, tirou uma foto durante a realização do aborto em um motel, pouco antes da morte da jovem, de 20 anos, segundo o delegado Matheus Costa Melo (veja acima). Uma técnica de enfermagem, namorada do suspeito, foi a responsável por aplicar a medicação abortiva, conforme investigado.
"Os dois suspeitos foram indiciados por aborto consentido e homícidio qualificado pelo dolo eventual. A Polícia Civil constatou que os dois, que são da área da saúde, um odontólogo e uma técnica de enfermagem, assumiram o compromisso de provocar a morte da vítima", afirmou o investigador.
Durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (11), o delegado informou que o inquérito policial foi concluído na sexta-feira (8). A Polícia Civil analisou documentos, laudos e dados extraídos de celulares dos investigados e da vítima. A investigação identificou que a jovem havia consentido com o aborto.
O suspeito e a vítima haviam se relacionado anteriormente e ela estava grávida de cerca de dois meses, informou o investigador. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, por isso o g1 não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.
Em nota, o Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) disse que está acompanhando o caso e se solidarizou com a família da jovem. "A conduta da profissional, caso confirmada, será analisada à luz da ética e da legislação que rege o exercício da enfermagem", frisou o órgão (leia o posicionamento na íntegra ao final do texto).
O Conselho Regional de Odontologia de Goiás (Cro-GO) pontuou em nota que o caso não tem relação com o exercício da profissão, mas que acompanha as investigações com atenção (leia nota completa abaixo).
Em nota, o motel lamentou o falecimento da vítima e disse que "não compactua com qualquer prática ilegal ou que atente contra a vida e os direitos humanos" (leia a nota completa ao final do texto).
Leia a nota do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás:
"O Coren-GO informa que está acompanhando, com atenção, as apurações relacionadas ao envolvimento de uma profissional da enfermagem em um caso ocorrido no município de Ceres, nesta sexta-feira (01/08), que resultou no falecimento de uma mulher após uma suposta tentativa de aborto.
O Coren-GO expressa solidariedade aos familiares e amigos da vítima neste momento de dor e se coloca à disposição das autoridades competentes para colaborar com os esclarecimentos necessários, respeitando os trâmites legais e o devido processo.
A conduta da profissional, caso confirmada, será analisada à luz da ética e da legislação que rege o exercício da enfermagem."
Nota do Conselho Regional de Odontologia de Goiás
"Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CROGO) informa que tomou conhecimento do caso em questão, através de notícias veiculadas pela imprensa, e que acompanha com atenção os desdobramentos das investigações.
A princípio, o caso não tem relação com o exercício profissional da Odontologia e, aparentemente, com a competência do CROGO, entidade prestadora de serviço público, instituída pela Lei nº 4.324, de 14 de abril de 1964, para fiscalizar as profissões odontológicas regulamentadas - cirurgião-dentista, técnico em prótese dentária, técnico em saúde bucal, auxiliar em saúde bucal, auxiliar em prótese dentária - , em defesa da sociedade.
Importante esclarecer à sociedade civil que o CROGO instaura e julga, por meio de sua Comissão de Ética e de seu Plenário, os processos éticos contra profissionais e estabelecimentos que infringem as normas éticas, tendo o poder de puni-los, inclusive com a cassação do registro profissional ad referendum do Conselho Federal de Odontologia.
Caso seja instaurado processo ético em desfavor do profissional que cometeu o crime, a tramitação correrá sob sigilo.
Com relação ao registro profissional, informa-se que, atualmente, a inscrição do profissional está ativa perante o CROGO, segundo consulta pública."
Nota de posicionamento do motel
"A empresa vem exteriorizar que lamenta profundamente pelo trágico ocorrido da última sexta-feira, dia 01 de agosto de 2025, reforçando que não compactua com qualquer prática ilegal ou que atente contra a vida e os direitos humanos.
Informamos ainda que logo que tomamos ciência sobre a situação, colaboramos integralmente com as autoridades competentes, fornecendo todas as imagens, registros e informações solicitadas, reafirmando nosso compromisso com a legalidade e a transparência.
Reforçamos ainda que as alegações de que o motel apresentou resistência às investigações são absolutamente falsas. Toda a equipe do motel esteve à disposição desde o primeiro contato, contribuindo de forma ética e responsável com o trabalho da polícia.
Por fim, destacamos que o motel não possui qualquer envolvimento, responsabilidade ou conhecimento prévio sobre os atos praticados por terceiros em nossas dependências, e continuamos confiando plenamente na apuração da verdade por parte das autoridades.
Agradecemos a compreensão e pedimos cautela na disseminação de informações sem confirmação oficial, em respeito à honra de nossa equipe e à seriedade com que conduzimos nosso trabalho há anos."
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