Parlamentares da oposição travam votações no Congresso em protesto contra prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro

Aliados de Bolsonaro ocupam mesas diretoras e impedem sessões no Congresso
Em protesto contra a prisão domiciliar, aliados de Jair Bolsonaro impediram as sessões na Câmara dos Deputados e no Senado.
Ainda de manhã, senadores e deputados da oposição protestaram na rampa do Congresso.
Disseram que a partir desta terça-feira (5) vão obstruir os trabalhos até que os presidentes do Senado e da Câmara coloquem em votação três pautas:
Anistia aos presos e condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro;
Impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF;
A proposta que acaba com o foro privilegiado de parlamentares – o objetivo é levar para instâncias inferiores os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro que estão no STF
Em 2024, o STF decidiu que crimes cometidos por parlamentares e por presidentes durante o mandato continuam a ser julgados na Corte.
Oposição faz protesto contra a prisão domiciliar de Bolsonaro na frente do Congresso
Reprodução/TV Globo
O líder da oposição no Senado disse que a obstrução dos trabalhos é motivada pela ordem de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"As medidas que foram impostas ao presidente Jair Bolsonaro foram extremamente severas e desnecessárias, e foram feitas por questões de fígado, claramente, e não por questão de necessidade jurídica", diz Rogério Marinho, líder da oposição no Senado.
À tarde, integrantes da oposição ocuparam as mesas dos Plenários. Alguns cobriram a bocam fazendo referência a uma mordaça. O senador Flávio Bolsonaro deu entrevista no plenário ao programa Estúdio I, da Globonews.
"Estamos na mesa do plenário do Senado Federal ocupando a presidência aqui do Senado para que, enquanto o presidente Davi Alcolumbre não atender às nossas demandas, porque sequer telefone ele está atendendo, infelizmente, eu jamais esperava isso do presidente da minha Casa, nós vamos permanecer aqui no plenário, se preciso for, virar a noite, então tem mais de 12 senadores ao meu lado", afirma o senador Flávio Bolsonaro, do PL.
Senador Flávio Bolsonaro disse que oposição ocupou a Mesa diretora do Senado
Reprodução/TV Globo
Partidos que apoiam o governo divulgaram um manifesto em defesa da soberania nacional. E criticaram a estratégia da oposição.
"O que está acontecendo hoje aqui no parlamento é inaceitável. Ninguém pode parar pela força a atividade parlamentar, os trabalhos legislativos. A palavra para definir o que houve aqui foi sequestro da mesa do parlamento, foi um atentado grave. Nós não podemos subestimar o que está acontecendo hoje aqui", afirma Lindberg Farias, líder do PT na Câmara.
"Obstrução parlamentar é legítima, está previsto no regimento das Casas, no pleno funcionamento das sessões. Se a oposição assim quiser, pode fazer. Impedir o funcionamento das duas Casas do Congresso Nacional não é obstrução, é vilipêndio", explica Randolfe Rodrigues, PT, líder do governo no Congresso.
Houve bate-boca no plenário da Câmara entre deputados governistas, que pressionavam pela abertura da sessão, e de oposição. Na Paraíba, o presidente da Câmara, Hugo Motta, do Republicanos, afirmou que decisão judicial precisa ser cumprida.
"Eu penso que o legítimo direito de defesa tem que ser respeitado, que é um direito de todos, mas que decisão judicial deve ser cumprida. E é isso que nós estamos vendo, a decisão do Supremo Tribunal Federal ser cumprida. Não cabe aqui nem ao presidente da Câmara nem a ninguém que estar comentando ou ,na minha avaliação, tentando avaliar ou qualificar essa ou aquela decisão", diz Motta.
Em uma rede social, Motta anunciou o cancelamento da sessão, marcada para o inicio da tarde, e disse que na quarta-feira (6) fará uma reunião de líderes para tratar da pauta, que, segundo ele, "sempre será definida com base no diálogo e no respeito institucional. O Parlamento deve ser a ponte para o entendimento."
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do União Brasil, também não foi ao Congresso e cancelou a sessão marcada para 14h. Em nota, afirmou que a "ocupação das Mesas Diretoras das Casas constitui exercício arbitrário das próprias razões, algo inusitado e alheio aos princípios democráticos." E que o Parlamento precisa "retomar os trabalhos com respeito, civilidade e diálogo, para que todas as correntes políticas possam se expressar legitimamente em sessões do Senado e da Câmara."
A oposição não conseguiu impedir todos os trabalhos do Congresso. Algumas comissões foram abertas. A de Assuntos Econômicos do Senado aprovou o projeto que amplia a isenção do imposto de renda para quem ganha até dois salários mínimos. O texto ainda vai passar pelo plenário. Já a isenção para quem recebe até R$ 5 mil segue em análise na Câmara.
Em protesto contra a prisão domiciliar, aliados de Jair Bolsonaro impediram as sessões na Câmara dos Deputados e no Senado.
Ainda de manhã, senadores e deputados da oposição protestaram na rampa do Congresso.
Disseram que a partir desta terça-feira (5) vão obstruir os trabalhos até que os presidentes do Senado e da Câmara coloquem em votação três pautas:
Anistia aos presos e condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro;
Impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF;
A proposta que acaba com o foro privilegiado de parlamentares – o objetivo é levar para instâncias inferiores os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro que estão no STF
Em 2024, o STF decidiu que crimes cometidos por parlamentares e por presidentes durante o mandato continuam a ser julgados na Corte.
Oposição faz protesto contra a prisão domiciliar de Bolsonaro na frente do Congresso
Reprodução/TV Globo
O líder da oposição no Senado disse que a obstrução dos trabalhos é motivada pela ordem de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"As medidas que foram impostas ao presidente Jair Bolsonaro foram extremamente severas e desnecessárias, e foram feitas por questões de fígado, claramente, e não por questão de necessidade jurídica", diz Rogério Marinho, líder da oposição no Senado.
À tarde, integrantes da oposição ocuparam as mesas dos Plenários. Alguns cobriram a bocam fazendo referência a uma mordaça. O senador Flávio Bolsonaro deu entrevista no plenário ao programa Estúdio I, da Globonews.
"Estamos na mesa do plenário do Senado Federal ocupando a presidência aqui do Senado para que, enquanto o presidente Davi Alcolumbre não atender às nossas demandas, porque sequer telefone ele está atendendo, infelizmente, eu jamais esperava isso do presidente da minha Casa, nós vamos permanecer aqui no plenário, se preciso for, virar a noite, então tem mais de 12 senadores ao meu lado", afirma o senador Flávio Bolsonaro, do PL.
Senador Flávio Bolsonaro disse que oposição ocupou a Mesa diretora do Senado
Reprodução/TV Globo
Partidos que apoiam o governo divulgaram um manifesto em defesa da soberania nacional. E criticaram a estratégia da oposição.
"O que está acontecendo hoje aqui no parlamento é inaceitável. Ninguém pode parar pela força a atividade parlamentar, os trabalhos legislativos. A palavra para definir o que houve aqui foi sequestro da mesa do parlamento, foi um atentado grave. Nós não podemos subestimar o que está acontecendo hoje aqui", afirma Lindberg Farias, líder do PT na Câmara.
"Obstrução parlamentar é legítima, está previsto no regimento das Casas, no pleno funcionamento das sessões. Se a oposição assim quiser, pode fazer. Impedir o funcionamento das duas Casas do Congresso Nacional não é obstrução, é vilipêndio", explica Randolfe Rodrigues, PT, líder do governo no Congresso.
Houve bate-boca no plenário da Câmara entre deputados governistas, que pressionavam pela abertura da sessão, e de oposição. Na Paraíba, o presidente da Câmara, Hugo Motta, do Republicanos, afirmou que decisão judicial precisa ser cumprida.
"Eu penso que o legítimo direito de defesa tem que ser respeitado, que é um direito de todos, mas que decisão judicial deve ser cumprida. E é isso que nós estamos vendo, a decisão do Supremo Tribunal Federal ser cumprida. Não cabe aqui nem ao presidente da Câmara nem a ninguém que estar comentando ou ,na minha avaliação, tentando avaliar ou qualificar essa ou aquela decisão", diz Motta.
Em uma rede social, Motta anunciou o cancelamento da sessão, marcada para o inicio da tarde, e disse que na quarta-feira (6) fará uma reunião de líderes para tratar da pauta, que, segundo ele, "sempre será definida com base no diálogo e no respeito institucional. O Parlamento deve ser a ponte para o entendimento."
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do União Brasil, também não foi ao Congresso e cancelou a sessão marcada para 14h. Em nota, afirmou que a "ocupação das Mesas Diretoras das Casas constitui exercício arbitrário das próprias razões, algo inusitado e alheio aos princípios democráticos." E que o Parlamento precisa "retomar os trabalhos com respeito, civilidade e diálogo, para que todas as correntes políticas possam se expressar legitimamente em sessões do Senado e da Câmara."
A oposição não conseguiu impedir todos os trabalhos do Congresso. Algumas comissões foram abertas. A de Assuntos Econômicos do Senado aprovou o projeto que amplia a isenção do imposto de renda para quem ganha até dois salários mínimos. O texto ainda vai passar pelo plenário. Já a isenção para quem recebe até R$ 5 mil segue em análise na Câmara.
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