Linnpy

G
G1
13h

Entidade de Roraima aciona embaixada após empresários relatarem fim de isenção para produtos brasileiros na Venezuela

Entidade de Roraima aciona embaixada após empresários relatarem fim de isenção para produtos brasileiros na Venezuela
Fronteira do Brasil com a Venezuela.
Caíque Rodrigues/g1 RR/Arquivo
A Câmara Venezuelana Brasileira de Comércio e Indústria de Roraima pediu apoio da Embaixada do Brasil em Caracas após o país vizinho suspender a aceitação de Certificados de Origem emitidos por exportadores brasileiros. A medida, implementada na última sexta-feira (18), impacta diretamente empresas dos estados de Roraima e Amazonas.
A passagem entre os dois países fica na cidade de Pacaraima, ao Norte de Roraima. O município faz divisa com a cidade de Santa Elena de Uairén, na Venezuela.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 RR no WhatsApp
O pedido de apoio foi feito em um ofício enviado na terça-feira (22) para a embaixadora do Brasil no país vizinho, Glivânia Maria de Oliveira.
Segundo o presidente da Câmara, Eduardo Oestreicher, exportadores brasileiros e importadores venezuelanos relataram que a alfândega venezuelana não aceita os certificados de origem das cargas do Brasil.
O ofício cita que o governo venezuelano passou a cobrar o imposto ad valorem (conforme o valor) sobre produtos brasileiros, o que elevou os custos para os importadores no país vizinho. A isenção estava prevista no Acordo de Complementação Econômica (ACE) nº 69, firmado entre os dois países.
Segundo a Câmara, os compradores venezuelanos não conseguem registrar os certificados no sistema da alfândega venezuelana, "o que inviabilizará toda a comercialização de produtos brasileiros para o mercado venezuelano".
No documento, a entidade pediu apoio ao governo brasileiro para intermediar um diálogo com as autoridades venezuelanas, para reverter a medida e restabelecer as condições do acordo comercial.
LEIA TAMBÉM:
EUA preparam nova base legal para justificar tarifas de 50% ao Brasil
Brasil reclama de tarifaço de Trump na OMC
PIB do Brasil pode perder até R$ 175 bilhões com tarifa de 50% de Trump, diz estudo
A Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan) de Roraima disse que "acompanha com preocupação" a situação e que está em contato com as autoridades federais para esclarecimentos e alternativas diplomáticas para preservar o equilíbrio da relação comercial entre os dois países.
Procurado pelo g1 nesta sexta-feira (25), o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) informou que tem acompanhado os relatos sobre as dificuldades enfrentadas por exportadores brasileiros na Venezuela, em coordenação com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
"A Embaixada do Brasil em Caracas está apurando, junto às autoridades venezuelanas responsáveis, elementos para esclarecer a natureza da situação, com vistas à normalização da fluidez no comércio bilateral, regido pelo Acordo de Complementação Econômica nº 69 (ACE 69), que veda a cobrança de imposto de importação entre os dois países", explicou o ministério.
Em nota, a Federação das Indústrias do Estado de Roraima (Fier) informou que iniciou apurações internas para identificar as dificuldades para a aceitação dos certificados dos produtos brasileiros e que está "em contato direto com as autoridades competentes do Brasil e da Venezuela".
PIB do Brasil pode perder até R$ 175 bilhões com tarifa de 50% de Trump, diz estudo
Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

Para ler a notícia completa, acesse o link original:

Ler notícia completa

Comentários 0

Não há mais notícias para carregar