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Em meio ao tarifaço de Trump, Brasil tem déficit comercial com os EUA pelo 7º mês seguido em julho

Em meio ao tarifaço de Trump, Brasil tem déficit comercial com os EUA pelo 7º mês seguido em julho
Porto de Paranaguá, local de escoamento das exportações brasileiras e de entrada de importações
RPC/Reprodução
Em meio ao tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dados oficiais divulgados nesta quarta-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento (MDIC) apontam que o Brasil registrou déficit em suas transações comerciais com os norte-americanos pelo sétimo mês seguido em julho.
?Um déficit comercial significa que o Brasil importou mais produtos americanos do que exportou para os Estados Unidos. O que, para a economia brasileira, representa um cenário desfavorável.
▶ Em julho, as exportações brasileiras aos Estados Unidos somaram US$ 3,71 bilhões.
▶ Já as importações feitas pelo Brasil totalizaram US$ 4,26 bilhões no período.
▶ Com isso, o saldo ficou deficitário para o Brasil em US$ 559 milhões no mês passado.
▶️Os números também mostram que os rombos comerciais do Brasil com os EUA subiram nos dois últimos meses, superando a marca mensal de US$ 500 milhões.
▶️ O último mês no qual o Brasil teve superávit com os EUA, ou seja, quando as exportações superaram as compras do exterior, foi dezembro do ano passado — no valor de US$ 468 milhões.
▶️No acumulado de janeiro a julho deste ano, o Brasil acumula um déficit nas transações comerciais de US$ 2,23 bilhões com os Estados Unidos. Isso representa um aumento de 600% no rombo na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o déficit somou US$ 319 milhões.
▶️Os números mostram também que o Brasil tem registrado déficits comerciais seguidos com os Estados Unidos desde 2009, ou seja, nos últimos 16 anos. Nesse período, as vendas americanas ao Brasil superaram suas importações em US$ 88,61 bilhões.
Tarifaço dos EUA
Relembre a escalada do tarifaço dos EUA contra o Brasil
O tarifaço anunciado pelo presidente Donald Trump foi anunciado de forma paulatina e progressiva com o passar dos meses — culminando em uma sobretaxa de 50% com início nesta quarta-feira (6) a cerca de 36% das vendas externas aos EUA.
O mandatário norte-americano chegou a citar questões econômicas, como um suposto déficit com o Brasil (inexistente de acordo com números oficiais), mas também apontou questões políticas relacionadas com o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e "direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos", entre outros.
Os setores afetados pelo tarifaço dos Estados Unidos estão calculando os prejuízos e, ao mesmo tempo, já se movimentam para atenuar esse impacto com pedidos ao governo federal.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a pasta deve encaminhar para aprovação do Planalto, nas próximas horas, as medidas de proteção a setores afetados pelo tarifaço. O dia do anúncio, entretanto, caberá ao Palácio do Planalto definir.
O governo brasileiro também acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o tarifaço imposto por Donald Trump. A avaliação do caso na OMC é um processo longo e não há garantia de sucesso.
Balança comercial em julho
▶️Quando são consideradas as transações comerciais com todos os países, e não somente com os EUA, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 7,07 bilhões em julho.
Segundo dados oficiais, houve uma queda de 6,3% no saldo positivo na comparação com o mesmo mês de 2024 (+US$ 7,55 bilhões).
Esse é o pior resultado para meses de julho desde 2022, quando foi contabilizado um superávit comercial de US$ 5,35 bilhões.
?De acordo o governo, em julho:
As exportações somaram US$ 32,31 bilhões, com alta de 4,8% na média por dia útil;
As importações somaram US$ 25,23 bilhões, com alta de 8,4% na média por dia útil.
▶️No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o saldo comercial ficou positivo em US$ 36,98 bilhões, com queda de 24,7% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 49,1 bilhões).
INFOGRÁFICO - Linha do tempo do tarifaço contra o Brasil
Arte/g1

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