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Saiba quem era o sargento do Exército que matou a esposa e a filha de 1 ano no Dia dos Pais

Saiba quem era o sargento do Exército que matou a esposa e a filha de 1 ano no Dia dos Pais
Pedro Henrique Martins dos Santos era terceiro-sargento no Forte dos Andradas, em Guarujá (SP)
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Pedro Henrique Martins dos Santos, sargento do Exército que tirou a própria vida após matar a esposa e a filha de 1 ano no Dia dos Pais, em Santos, no litoral de São Paulo, tinha 24 anos e iniciou a carreira após o alistamento militar obrigatório. Conforme apurado pelo g1 nesta terça-feira (12), a companheira já havia o denunciado por violência (veja mais abaixo).
A Polícia Militar encontrou os corpos de Pedro, Gabrielly Simões Silva e da bebê Jade no quarto de uma casa no Morro Nova Cintra, no domingo (10). Uma arma de fogo foi localizada no chão, próxima ao corpo de Pedro.
O sargento morava em Santos, mas atuava em Guarujá desde o início da trajetória no Exército. Atualmente, ocupava o posto de terceiro-sargento no Forte dos Andradas, no setor de artilharia antiaérea.
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Segundo familiares, ele estava com as malas prontas para uma missão de trabalho em Brasília, marcada para segunda-feira (11). “Estava triste porque não queria ficar tanto tempo longe da filha”, afirmou a irmã, Carla Martins dos Santos, de 34 anos.
Ela contou que o irmão permaneceria 14 dias na capital federal e, em seguida, partiria para outra missão no Amazonas. “Dava treinamento para os recrutas. Todos gostavam demais dele”, disse Carla.
Ainda de acordo com ela, o jovem não cursou faculdade, mas pretendia ingressar em um curso de Comércio Exterior. Apesar disso, a tia, Maria Batista de Carvalho, relatou que o sobrinho havia se encontrado na carreira militar.
“Ele cantava aquele hino com tanto amor e tinha postura, tinha seriedade, aquele porte sério de militar. Foi o sonho dele”, disse Maria.
Pedro Henrique matou esposa e filha em Santos, SP
Arquivo pessoal
Vida pessoal
Além de Carla, Pedro Henrique tinha outros dois irmãos. Ele perdeu a mãe aos 17 anos e viveu com o pai até a filha nascer e se mudar para o local do crime com a companheira.
Ao g1, Carla disse que tinha o irmão como um filho. “Todos que conheceram ele não tem o que falar, a não ser o quanto ele era um homem bom, de caráter e princípios”, afirmou, dizendo ainda que o sargento era trabalhador, sorridente e muito bom pai.
Segundo a tia, o jovem nunca deu trabalho para família. “Era um menino muito bom, tranquilo [...] Nunca foi de se envolver em coisa errada e a gente lamenta tanto o que ele fez”, disse Maria Batista.
Relacionamento conturbado
Maria Batista (à esq.) contou que o sobrinho Pedro Henrique (ao centro) tinha o pai e três irmãos (à dir.)
Arquivo Pessoal
Conforme apurado pelo g1, o casal tinha um relacionamento conturbado. Em 2023, Gabrielly registrou um boletim de ocorrência contra o companheiro por ameaça e lesão corporal. No mesmo ano, ela tentou tirar a própria vida e justificou que cometeu o ato por desilusão amorosa, porque havia terminado com o namorado.
A família de Pedro reconhece que a relação era complicada e que o casal havia separado e reatado diversas vezes.
“A gente sempre aconselhava ele, inclusive para terminar o relacionamento. [...] Mas aí a bebê nasceu, acho que tentaram formar uma família, mas não é fácil. Havia dificuldade dos dois lados e aconteceu essa tragédia que acabou com os nossos corações das duas famílias”, afirmou a tia do sargento.
A irmã de Pedro contou que ele estava infeliz no relacionamento e, por isso, chegou a pedir para ele terminar a relação. “Eu implorei, falei que eu ajudava ele porque não aguentava vê-lo sofrendo psicologicamente", disse.
Segundo Carla, a cunhada já chegou a rasgar roupas do sargento durante brigas. "Não estou querendo falar que ela era a vilã da história só porque ele é meu irmão, até porque nada justifica o ato que ele cometeu", relatou a mulher.
O caso
A PM foi acionada por volta das 4h para uma ocorrência dentro da residência no Morro Nova Cintra. No local, os agentes encontraram o pai, a mãe e a filha mortos em um quarto. A mulher estava abraçada com a bebê.
De acordo com o boletim de ocorrência, um dos PMs que atendeu a ocorrência informou à Polícia Civil que as paredes do quarto estavam com diversos respingos de sangue. Ainda segundo o relato do agente, uma arma de fogo foi encontrada no chão, próxima ao corpo de Pedro.
Gabrielly Simões Silva, de 21, e Jade Caroline Simões Martins, de um ano, foram mortas pelo marido e pai, em Santos (SP)
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Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que a pistola foi apreendida e encaminhada para perícia, que também realizará outros exames necroscópicos e no local do crime. De acordo com o BO, o objetivo é determinar a dinâmica e a causa das mortes.
A SSP-SP afirmou que o caso foi registrado como feminicídio seguido de suicídio pela CPJ da cidade.
Exército Brasileiro
Em nota, o Comando Militar do Sudeste (CMSE) lamentou o fato de que o 3º sargento Pedro Henrique Martins dos Santos, a esposa e a filha foram encontrados mortos na residência, vítimas de disparo de arma de fogo.
"Por não se tratar de crime militar, as investigações estão sob responsabilidade da Polícia Civil. Assim, todas as informações e esclarecimentos referentes ao caso devem ser obtidos junto à autoridade policial competente", complementou o Exército.
Sargento do Exército Brasileiro Pedro Henrique Martins dos Santos matou a esposa, a filha de um ano e depois tirou a própria vida em Santos (SP)
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