Homem que ameaçava ex e pulou de 3º andar para fugir de delegada pratica parkour e foi denunciado por outras duas mulheres

Delegada relata abordagem a homem que ameaçava ex e pulou do 3º andar de prédio
O rapaz de 29 anos que pulou do 3º andar de um prédio ao ser flagrado por uma delegada ameaçando sua ex-namorada, em Piracicaba (SP), na última sexta-feira (25), é praticante de parkour e já foi denunciado por outras duas mulheres por violência doméstica. Ele foi preso.
A abordagem ao agressor foi realizada pela delegada Olívia dos Santos Fonseca, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que estava no mesmo prédio, de folga, em visita a um familiar. Durante essa visita, o zelador contou que o suspeito se aproveitou da saída de um carro do prédio para entrar na contramão e subiu de capacete até o andar da ex.
Ela já tinha conquistado na Justiça uma medida protetiva contra ele, que não aceita o fim do relacionamento. Devido a esse registro, a delegada lembrou de qual caso se tratava.
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"Fiz ligação para os números de emergência, mas fiquei com medo que a demora pudesse pôr mais em risco a vida dela. Liguei também para os meus investigadores e, enquanto eles estavam se deslocando, eu subi até o andar. Eu escutei um pouco atrás da porta e vi que realmente ali tinha um homem falando e uma mulher respondendo 'sim, não', uma situação bem estranha", relembrou a chefe de polícia.
Quem a atendeu na porta foi a vítima que, inicialmente, negou que precisasse de ajuda.
"Eu mostrei para ela que eu estava armada e falei assim: 'eu sou policial, posso te ajudar'. E ele estava sentado do outro lado do balcão [da cozinha]. Aí, ela abaixou a cabeça, dando sinal que era para eu entrar".
Delegada da DDM de Piracicaba, Olívia Fonseca, em foto de arquivo
Caroline Giantomaso/g1
'A próxima era ela'
Olivia, então, revelou ao agressor que sabia que havia uma medida protetiva contra ele, avisou que a equipe policial estava a caminho e pediu para ele se retirar do apartamento. Nessa hora, também percebeu que o rapaz estava com cortes no pescoço. Questionado, ele disse que tinha provocado os ferimentos em si mesmo "para mostrar para ela [vítima] que a próxima era ela".
Então, o suspeito mostrou uma faca com cabo quebrado à delegada e não quis sair do apartamento.
"Eu dei voz de prisão, saquei a arma e falei: 'então, põe a mão na parede, é polícia, você está preso'. E ele: 'eu não vou ser preso, não vou ser preso'. Eu fechei a porta do apartamento, a vítima estava atrás de mim, aí eu falei: 'pela porta você não vai sair'", detalhou a chefe de polícia.
Pulo e escalada por prédio
O rapaz avançou sobre a delegada com seu capacete, mas ela conseguiu afastá-lo com a perna. "Eu de novo empunhei a arma, e falei: 'eu vou atirar se você não soltar esse capacete e não se render'. E ele: 'eu não vou ser preso, eu vou pular'. Aí, ele foi na varanda, pulou do terceiro andar, foi escalando, pegou a moto e foi embora", acrescentou.
Olivia detalhou que ele pulou do 3º para o 2º andar e, de lá, desceu escalando por telas de proteção das varandas.
Ela descobriu depois que o rapaz pratica parkour, que é uma atividade física na qual os praticantes superam obstáculos por meio de saltos, escaladas e equilíbrio. A prática também ocorre em locais altos.
Depois da fuga, a Polícia Civil conseguiu mandado de prisão contra o rapaz, que foi encontrado e preso em sua casa por uma equipe da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise/Deic). A vítima não ficou ferida e foi acolhida por parentes.
Prédio da Delegacia de Defesa da Mulher em Piracicaba
Fernanda Zanetti/G1
'Indício de que ia acabar em tragédia'
A chefe de polícia revelou que o agressor já tinha pegado o celular da vítima, o que impedia ela de pedir ajuda. Por isso, acredita que se não tivesse agido rápido, poderia ter acontecido uma tragédia.
"Ele já tinha atentado contra a própria vida na frente dela. Eu acho que é um grande indício de que aquilo ia acabar em tragédia", avaliou.
Além disso, o rapaz já tinha sido denunciado em boletins de ocorrência por outras duas ex-namoradas. Uma delas teve uma filha com ele.
Como proceder nestes casos?
A delegada deu orientações a vítimas de violência doméstica que passam por esse tipo de situação. Confira a seguir:
Pedir medida protetiva - para a chefe de polícia, é uma ação primordial para proteção da vítima;
Deixar cópia da medida protetiva na portaria do prédio ou condomínio;
Avisar o máximo de pessoas de sua rede de segurança sobre a medida protetiva;
Aplicativo S.O.S. Mulher - a delegada também lembra que, em Piracicaba, existe o aplicativo SOS Mulher para que vítimas peçam ajuda.
Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
O rapaz de 29 anos que pulou do 3º andar de um prédio ao ser flagrado por uma delegada ameaçando sua ex-namorada, em Piracicaba (SP), na última sexta-feira (25), é praticante de parkour e já foi denunciado por outras duas mulheres por violência doméstica. Ele foi preso.
A abordagem ao agressor foi realizada pela delegada Olívia dos Santos Fonseca, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que estava no mesmo prédio, de folga, em visita a um familiar. Durante essa visita, o zelador contou que o suspeito se aproveitou da saída de um carro do prédio para entrar na contramão e subiu de capacete até o andar da ex.
Ela já tinha conquistado na Justiça uma medida protetiva contra ele, que não aceita o fim do relacionamento. Devido a esse registro, a delegada lembrou de qual caso se tratava.
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"Fiz ligação para os números de emergência, mas fiquei com medo que a demora pudesse pôr mais em risco a vida dela. Liguei também para os meus investigadores e, enquanto eles estavam se deslocando, eu subi até o andar. Eu escutei um pouco atrás da porta e vi que realmente ali tinha um homem falando e uma mulher respondendo 'sim, não', uma situação bem estranha", relembrou a chefe de polícia.
Quem a atendeu na porta foi a vítima que, inicialmente, negou que precisasse de ajuda.
"Eu mostrei para ela que eu estava armada e falei assim: 'eu sou policial, posso te ajudar'. E ele estava sentado do outro lado do balcão [da cozinha]. Aí, ela abaixou a cabeça, dando sinal que era para eu entrar".
Delegada da DDM de Piracicaba, Olívia Fonseca, em foto de arquivo
Caroline Giantomaso/g1
'A próxima era ela'
Olivia, então, revelou ao agressor que sabia que havia uma medida protetiva contra ele, avisou que a equipe policial estava a caminho e pediu para ele se retirar do apartamento. Nessa hora, também percebeu que o rapaz estava com cortes no pescoço. Questionado, ele disse que tinha provocado os ferimentos em si mesmo "para mostrar para ela [vítima] que a próxima era ela".
Então, o suspeito mostrou uma faca com cabo quebrado à delegada e não quis sair do apartamento.
"Eu dei voz de prisão, saquei a arma e falei: 'então, põe a mão na parede, é polícia, você está preso'. E ele: 'eu não vou ser preso, não vou ser preso'. Eu fechei a porta do apartamento, a vítima estava atrás de mim, aí eu falei: 'pela porta você não vai sair'", detalhou a chefe de polícia.
Pulo e escalada por prédio
O rapaz avançou sobre a delegada com seu capacete, mas ela conseguiu afastá-lo com a perna. "Eu de novo empunhei a arma, e falei: 'eu vou atirar se você não soltar esse capacete e não se render'. E ele: 'eu não vou ser preso, eu vou pular'. Aí, ele foi na varanda, pulou do terceiro andar, foi escalando, pegou a moto e foi embora", acrescentou.
Olivia detalhou que ele pulou do 3º para o 2º andar e, de lá, desceu escalando por telas de proteção das varandas.
Ela descobriu depois que o rapaz pratica parkour, que é uma atividade física na qual os praticantes superam obstáculos por meio de saltos, escaladas e equilíbrio. A prática também ocorre em locais altos.
Depois da fuga, a Polícia Civil conseguiu mandado de prisão contra o rapaz, que foi encontrado e preso em sua casa por uma equipe da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise/Deic). A vítima não ficou ferida e foi acolhida por parentes.
Prédio da Delegacia de Defesa da Mulher em Piracicaba
Fernanda Zanetti/G1
'Indício de que ia acabar em tragédia'
A chefe de polícia revelou que o agressor já tinha pegado o celular da vítima, o que impedia ela de pedir ajuda. Por isso, acredita que se não tivesse agido rápido, poderia ter acontecido uma tragédia.
"Ele já tinha atentado contra a própria vida na frente dela. Eu acho que é um grande indício de que aquilo ia acabar em tragédia", avaliou.
Além disso, o rapaz já tinha sido denunciado em boletins de ocorrência por outras duas ex-namoradas. Uma delas teve uma filha com ele.
Como proceder nestes casos?
A delegada deu orientações a vítimas de violência doméstica que passam por esse tipo de situação. Confira a seguir:
Pedir medida protetiva - para a chefe de polícia, é uma ação primordial para proteção da vítima;
Deixar cópia da medida protetiva na portaria do prédio ou condomínio;
Avisar o máximo de pessoas de sua rede de segurança sobre a medida protetiva;
Aplicativo S.O.S. Mulher - a delegada também lembra que, em Piracicaba, existe o aplicativo SOS Mulher para que vítimas peçam ajuda.
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