Tarifaço de Trump suspende exportações de pescados em Rifaina, SP; empresa prevê prejuízos na região: 'Balde de água fria'

Empresa de pescados de Rifaina, SP, suspende parte das exportações por causa de tarifaço
O anúncio do presidente americano Donald Trump de taxar em 50% produtos brasileiros já começou a gerar prejuízos concretos para empresas na região de Ribeirão Preto. Em Rifaina (SP), uma empresa do setor de pescados teve parte de suas exportações para os Estados Unidos suspensas, causando apreensão em toda a cadeia produtiva.
A medida americana, que pegou o mercado de surpresa e tem entrada prevista para 1º de agosto, já havia impactado pecuaristas de Barretos (SP), que relataram a suspensão de vendas de gado para frigoríficos destinados ao mercado norte-americano. Agora, a incerteza se espalha para outros segmentos.
Na empresa de pescados em Rifaina, SP, a suspensão atinge diretamente produtos congelados, enviados por navio.
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"Esses [produtos congelados] já estão suspensos. A gente não sabe nem o que vai ser do contêiner que está na água, porque nós temos vários contêineres que vão chegar lá [Estados Unidos] depois do dia 30", explica Juliano Kubitza, diretor da empresa.
O ritmo das esteiras de produção já diminuiu. A indústria, que processa cerca de 40 toneladas de peixe por dia, destina metade de sua produção - tilápia inteira e filés - para os Estados Unidos. Com o tarifaço, parte dos produtos já está parada.
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Empresa de pescados de Rifaina, SP, suspende parte das exportações por causa de tarifaço
Reprodução EPTV
Impacto na cadeia e busca por novos mercados
A medida é um 'balde de água fria no setor', afirma Kubitza. Ele ressalta que o impacto se estende além dos grandes exportadores, atingindo até o pequeno produtor.
"Novos mercados favorecem toda a cadeia, como o produtor de alevino, o produtor de ração. Então, está todo mundo muito apreensivo com isso, principalmente porque os Estados Unidos não são produtores, eles precisam desse fornecimento".
No ano passado, a empresa exportou mais de US$ 9 milhões (nove milhões de dólares) para os EUA. Neste ano, já foram mais de US$ 5,5 milhões (cinco milhões de dólares) em exportações antes do anúncio do tarifaço. Com esse cenário de incertezas, as indústrias brasileiras de peixe já começam a perder espaço no mercado americano.
"Países como Colômbia e Honduras também produzem peixe e também exportam para os Estados Unidos. Esses não vão ter tarifa, então a gente acaba ficando de fora desse comércio, acaba ficando para trás", lamenta o diretor.
A busca por novos mercados é limitada. Atualmente, a Ásia é o principal produtor de peixes do mundo. Na Europa, a entrada de pescados brasileiros está proibida desde 2017. Diante do tarifaço americano, a aposta precisa ser no mercado interno.
"O Brasil ainda é um país que consome pouco peixe. O consumo de pescados no Brasil é de 10 quilos por habitante no ano, o que significa que é muito baixo. O recomendado pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) é de 12 quilos para os diversos peixes, e de tilápia é de 3 quilos por habitante no ano. Então, existe mercado aqui, mas um grande motor de crescimento, de aceleração, de desenvolvimento da cadeia de tilápia, que é a exportação, ele está sob risco", finaliza Kubitza.
Empresa de pescados de Rifaina, SP, suspende parte das exportações por causa de tarifaço
Reprodução EPTV
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O anúncio do presidente americano Donald Trump de taxar em 50% produtos brasileiros já começou a gerar prejuízos concretos para empresas na região de Ribeirão Preto. Em Rifaina (SP), uma empresa do setor de pescados teve parte de suas exportações para os Estados Unidos suspensas, causando apreensão em toda a cadeia produtiva.
A medida americana, que pegou o mercado de surpresa e tem entrada prevista para 1º de agosto, já havia impactado pecuaristas de Barretos (SP), que relataram a suspensão de vendas de gado para frigoríficos destinados ao mercado norte-americano. Agora, a incerteza se espalha para outros segmentos.
Na empresa de pescados em Rifaina, SP, a suspensão atinge diretamente produtos congelados, enviados por navio.
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"Esses [produtos congelados] já estão suspensos. A gente não sabe nem o que vai ser do contêiner que está na água, porque nós temos vários contêineres que vão chegar lá [Estados Unidos] depois do dia 30", explica Juliano Kubitza, diretor da empresa.
O ritmo das esteiras de produção já diminuiu. A indústria, que processa cerca de 40 toneladas de peixe por dia, destina metade de sua produção - tilápia inteira e filés - para os Estados Unidos. Com o tarifaço, parte dos produtos já está parada.
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"Novos mercados favorecem toda a cadeia, como o produtor de alevino, o produtor de ração. Então, está todo mundo muito apreensivo com isso, principalmente porque os Estados Unidos não são produtores, eles precisam desse fornecimento".
No ano passado, a empresa exportou mais de US$ 9 milhões (nove milhões de dólares) para os EUA. Neste ano, já foram mais de US$ 5,5 milhões (cinco milhões de dólares) em exportações antes do anúncio do tarifaço. Com esse cenário de incertezas, as indústrias brasileiras de peixe já começam a perder espaço no mercado americano.
"Países como Colômbia e Honduras também produzem peixe e também exportam para os Estados Unidos. Esses não vão ter tarifa, então a gente acaba ficando de fora desse comércio, acaba ficando para trás", lamenta o diretor.
A busca por novos mercados é limitada. Atualmente, a Ásia é o principal produtor de peixes do mundo. Na Europa, a entrada de pescados brasileiros está proibida desde 2017. Diante do tarifaço americano, a aposta precisa ser no mercado interno.
"O Brasil ainda é um país que consome pouco peixe. O consumo de pescados no Brasil é de 10 quilos por habitante no ano, o que significa que é muito baixo. O recomendado pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) é de 12 quilos para os diversos peixes, e de tilápia é de 3 quilos por habitante no ano. Então, existe mercado aqui, mas um grande motor de crescimento, de aceleração, de desenvolvimento da cadeia de tilápia, que é a exportação, ele está sob risco", finaliza Kubitza.
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Reprodução EPTV
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