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Diretor de programa de universidade pública da Bahia é inocentado de casos de assédio moral

Diretor de programa de universidade pública da Bahia é inocentado de casos de assédio moral
Diretor de SURTE é inocentado de denúncias de assédio moral
A Justiça inocentou o diretor do Sistema Uesb de Rádio e Televisão Educativas (Surte), Rubens de Jesus Sampaio, das denúncias de assédio moral no setor de comunicação da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), em Vitória da Conquista. A informação foi divulgada na segunda-feira (21), dois anos após funcionários denunciarem casos de assédio no trabalho.
As denúncias foram feitas em março de 2023 e entregues ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). Os profissionais do Surte informaram que tiveram a privacidade invadida nas redes sociais como consequência de perseguições e intimidação. (Relembre caso ao fim da reportagem)
Na época, a assessoria da Uesb informou que uma sindicância interna seria realizada e que um processo administrativo foi instaurado. O professor diretor do Surte, Rubens Sampaio, também foi afastado do cargo a pedido do MP-BA.
Uesb de Vitória da Conquista foi desocupada nesta segunda-feira
Carol Pimenta/TV Sudoeste
Em junho do ano passado, a Justiça condenou a universidade por assédio moral contra servidores e determinou que fossem pagos R$ 30 mil por danos morais coletivos. Rubens Sampaio foi mantido afastado das atividades até que a universidade adote "medidas eficazes de higienização" do ambiente de trabalho. Na época, o professor Rubens Sampaio e a universidade recorreram da decisão.
A nova decisão divulgada na segunda-feira, emitida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), reconheceu que houve falhas institucionais graves na condução e prevenção do assédio, mas entendeu que essas práticas não podem ser atribuídas diretamente ao professor Rubens Sampaio. Isso acontece, porque os depoimentos não comprovam a ação direta ou autorização consciente das práticas.
Com isso, a Justiça manteve a condenação da Uesb, mas determinou a reintegração imediata do professor Rubens Sampaio ao cargo que exercia de diretor do Surte.
Em nota, a Uesb informou que ainda não foi informada oficialmente dessa decisão e que desde 2023 tem um plano de prevenção e combate ao assédio. A defesa do professor afirmou que a justiça foi feita.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba) criticou a postura da universidade e afirmou que as denúncias dos funcionários são verdadeiras. As vítimas destacaram que esperam uma postura firme da instituição para responsabilizar quem praticou o assédio.
Relembre caso
Funcionários e jornalistas do sistema de rádio e televisão educativas da Uesb denunciam assédio moral no setor
Reprodução/TV Sudoeste
Segundo uma profissional acometida com transtornos pós-traumáticos, que não quis se identificar, os problemas começaram após o carnaval de 2023, quando ela notou que havia esquecido o aplicativo de mensagens aberto em um computador da universidade. Suas conversas teriam sido lidas e divulgadas por chefes imediatos e colegas de trabalho. Com isso, ela foi demitida.
De acordo com a funcionária, depois de expor conversas profissionais e pessoais, perfis fakes começaram a atacá-la com ofensas. Ela prestou queixa na Polícia Civil.
"Além dessas conversas que foram vazadas, dois perfis falsos enviaram mensagens para minhas amigas sugerindo e inventando coisas da minha vida baseadas pelas conversas do WhatsApp", relatou.
Uma outra vítima diz que só não foi demitida porque é concursada. Mas, foi transferida para outro setor sem nenhuma explicação.
"Fui abordada pelo meu diretor, que me convidou para uma reunião com mais dois coordenadores. Nessa reunião, ele me informou que eu seria transferida para outro setor da universidade, que já estava tudo decidido e que naquele dia eu estava dispensada das minhas atividades laborais", afirmou.
Depois das denúncias de assedio moral dos jornalistas que trabalhavam no Surte e também na assessoria de comunicação da instituição, o Sindicado dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) cobrou providências da reitoria da Uesb. A APLB Sindicato e o Sindicato do Magistério Municipal de Vitória da Conquista também divulgaram nota de repúdio ao caso.
Por outro lado, funcionários e jornalistas que trabalham no Sistema Uesb de Rádio e Televisão Educativas assinaram uma nota em apoio à direção do Surte.
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