Tarifaço ameaça 8 mil empregos no setor de calçados do Brasil

Muitas empresas brasileiras exportam produtos sob medida pro mercado americano
Muitas empresas brasileiras exportam produtos sob medida para o mercado americano. Para elas, é mais difícil encontrar alternativas para escoar a produção.
A indústria de calçados teme por 8 mil empregos diretos. A projeção é de uma queda de 9% nas exportações no próximo ano, puxada pela redução para os americanos, que recebem a maior parte dos calçados já com a marca do cliente local — produtos com características próprias e de acordo com o perfil do comprador.
Um quarto do faturamento de uma fábrica no Rio Grande do Sul vem das vendas para os Estados Unidos. O empresário Marcos Huff reconhece que é difícil achar compradores de peso.
"Como vou conseguir distribuir a quantidade que o americano compra comparado com os outros mercados, que os outros mercados são infinitamente menores em termos de consumo, que eu acho que é o grande dificultador desse processo de realocar a produção", explica.
Ao todo, 7.691 produtos de diversos setores estão sendo taxados em 50% sobre o preço. Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria, entre os setores com maior número de itens afetados estão:
Vestuário e acessórios
Máquinas e equipamentos
Produtos têxteis
Alimentos
Químicos
Couro e calçados
Durante todo 2024, essas vendas para o mercado americano alcançaram US$17,5 bilhões.
Em Santa Catarina, Attilio prepara mudanças na empresa Pescados e também avalia que não é simples procurar outros mercados. Os Estados Unidos são os principais compradores desses produtos e costumam comprar itens mais caros.
"A gente está com aproximadamente dez contêineres de estoque, estamos tentando recolocar os produtos no mercado interno e em outros mercados, mas com certeza vai gerar um grande prejuízo. Os produtos foram feitos direcionados para o mercado americano, que é um mercado de muito valor agregado", diz Attilio Leardini, dono da Leardini Pescados.
A expectativa dos exportadores por ações do governo se intensificou depois do início do tarifaço. Os setores pedem linhas de crédito com juros baixos, compras governamentais de parte da produção que não foi exportada, medidas para preservar empregos e adiamento de pagamento de impostos. Uma demora que vem preocupando empresários que ainda esperam que o governo atue para reverter as tarifas.
Não há data marcada para o anúncio do pacote de ajuda prometido pelo governo.
"Ele foi apresentado ao presidente Lula, terminou ontem tarde da noite o trabalho. O presidente vai bater o martelo, e aí vai ser anunciado, se não for amanhã, provavelmente na segunda ou terça-feira", afirma o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Muitas empresas brasileiras exportam produtos sob medida pro mercado americano
Reprodução/TV Globo
Muitas empresas brasileiras exportam produtos sob medida para o mercado americano. Para elas, é mais difícil encontrar alternativas para escoar a produção.
A indústria de calçados teme por 8 mil empregos diretos. A projeção é de uma queda de 9% nas exportações no próximo ano, puxada pela redução para os americanos, que recebem a maior parte dos calçados já com a marca do cliente local — produtos com características próprias e de acordo com o perfil do comprador.
Um quarto do faturamento de uma fábrica no Rio Grande do Sul vem das vendas para os Estados Unidos. O empresário Marcos Huff reconhece que é difícil achar compradores de peso.
"Como vou conseguir distribuir a quantidade que o americano compra comparado com os outros mercados, que os outros mercados são infinitamente menores em termos de consumo, que eu acho que é o grande dificultador desse processo de realocar a produção", explica.
Ao todo, 7.691 produtos de diversos setores estão sendo taxados em 50% sobre o preço. Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria, entre os setores com maior número de itens afetados estão:
Vestuário e acessórios
Máquinas e equipamentos
Produtos têxteis
Alimentos
Químicos
Couro e calçados
Durante todo 2024, essas vendas para o mercado americano alcançaram US$17,5 bilhões.
Em Santa Catarina, Attilio prepara mudanças na empresa Pescados e também avalia que não é simples procurar outros mercados. Os Estados Unidos são os principais compradores desses produtos e costumam comprar itens mais caros.
"A gente está com aproximadamente dez contêineres de estoque, estamos tentando recolocar os produtos no mercado interno e em outros mercados, mas com certeza vai gerar um grande prejuízo. Os produtos foram feitos direcionados para o mercado americano, que é um mercado de muito valor agregado", diz Attilio Leardini, dono da Leardini Pescados.
A expectativa dos exportadores por ações do governo se intensificou depois do início do tarifaço. Os setores pedem linhas de crédito com juros baixos, compras governamentais de parte da produção que não foi exportada, medidas para preservar empregos e adiamento de pagamento de impostos. Uma demora que vem preocupando empresários que ainda esperam que o governo atue para reverter as tarifas.
Não há data marcada para o anúncio do pacote de ajuda prometido pelo governo.
"Ele foi apresentado ao presidente Lula, terminou ontem tarde da noite o trabalho. O presidente vai bater o martelo, e aí vai ser anunciado, se não for amanhã, provavelmente na segunda ou terça-feira", afirma o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Muitas empresas brasileiras exportam produtos sob medida pro mercado americano
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