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Robótica sustentável: projeto que reutiliza baterias e carcaças de cigarros eletrônicos conquista 2º lugar em competição da Receita Federal

Robótica sustentável: projeto que reutiliza baterias e carcaças de cigarros eletrônicos conquista 2º lugar em competição da Receita Federal
Equipe de Bauru conquista 2º lugar em competição da Receita Federal com kit de robótica sustentável
Arquivo pessoal/Divulgação
Uma equipe de Bauru (SP), composta por estudantes do ensino médio, graduação e professores, ficou em 2º lugar em um concurso da Receita Federal que tinha como objetivo transformar mercadorias apreendidas em soluções escaláveis.
A Samba Code, nome da equipe, criou um projeto que reutiliza baterias e carcaças de cigarros eletrônicos para montagem de kits de robótica de baixo custo pensados para escolas públicas. O time surgiu na Escola Estadual Christino Cabral pela iniciativa de integrar iniciação científica no ensino médio.
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A equipe é composta por cinco integrantes. São eles:
Raul Figueiró, responsável pela produção audiovisual e comunicação;
João Mariano, programador da plataforma e técnico de componentes/hardware dos robôs;
Vinícius Crispim, designer, criador dos modelos 3D e do Kit físico;
Vinícius Bertuzzo, idealizador da Proposta dos Kits e professor dos meninos;
Thiago Stefanin, professor e ponte de parceria entre a Rede CitebBauru/FabLab.
O termo Hackathon, nome da competição, é a junção das palavras programar e maratona, traduzidas do inglês e teve como proposta 48h de maratona de programação dos projetos.
Esta maratona proposta pela Receita reuniu mais de dois mil participantes e gerou cerca de 400 projetos voltados aos itens apreendidos pelo órgão, acontecendo em seis polos: Bauru, Campinas (SP), São Carlos (SP), São José dos Campos (SP), São Paulo (SP) e Sorocaba (SP). Cada uma das cidades enviou à grande final os três melhores projetos, e Bauru foi contemplada com a segunda colocação geral da competição.
A Samba code conversou com o g1 e contou que participou do programa após a sugestão do professor Thiago Stefanin. No projeto, a equipe apresentou uma solução para um problema enfrentado por alunos da rede pública: a falta de recursos.
"Nossa solução é prática e real, um problema enfrentado por nós alunos da rede pública. A falta de componentes e estrutura na aplicação da robótica nas escolas públicas é um fato vivenciado por nós, por isso decidimos ressignificar o uso dos 'vapes' através de kits de robótica lúdicos na aprendizagem Gameficada", explica o professor.
Equipe de Bauru conquista 2º lugar em competição da Receita Federal com kit de robótica sustentável
Arquivo pessoal/Divulgação
A proposta foi bem avaliada e levou o 2º lugar na competição. Para eles, estar entre os melhores representando o interior do Estado é uma grande conquista. "Chegamos ao pódio representando as escolas públicas e o interior do estado de SP. Competimos com gente grande, Instituto Federal, Universidades gigantes do Brasil e pessoas competentes academicamente. É uma conquista enorme para meros alunos do ensino médio", completa Thiago.
Após a premiação, as equipes finalistas participam de mentorias e entram em fase de pré-incubação para teste, certificação e escalação dos protótipos. A equipe bauruense trabalha para que a solução esteja disponível o quanto antes.
Para João Vitor Mariano, programador do projeto e estudante da rede pública, participar da competição foi uma experiencia para sair da zona de conforto e uma forma de testar tecnologias na prática.
"Tive contato com tecnologias que ainda não tinha explorado na prática, o que me fez crescer bastante na área que eu quero seguir. Foi um momento de muito aprendizado, troca de experiências e superação. Sem dúvida, algo que vou levar comigo por muito tempo."
Já Raul Figuieró destacou o networking e a possibilidade de conhecer pessoas engajadas no assunto, e disse que o programa foi positivo para abrir novos caminhos em seu futuro profissional. "Conhecer pessoas engajadas, equipes dispostas a buscar uma solução pra um problema real. Foi uma mistura de sentimentos, uma loucura boa."
Segundo a equipe, além da produção dos protótipos, os próximos passos envolvem continuar desenvolvendo produtos e soluções de educação e tecnologia e representar o Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).
"Não iremos parar. Além da participação no hackathon da Receita, estamos desenvolvendo outras soluções, plataformas e produtos para o mercado da educação e tecnologia. Nosso objetivo é mostrar que o quanto antes tivermos a fomentação da ciência nas escolas, mais poderemos engajar as novas gerações no mundo acadêmico. Nosso objetivo é claro: voar longe e pousar com dignidade. Quem sabe o futuro não nos reserva uma vaguinha na COP30? Para representarmos os alunos de escola pública do Brasil?"
Equipe de Bauru conquista 2º lugar em competição da Receita Federal com kit de robótica sustentável
Arquivo pessoal/Divulgação
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