MP denuncia policial militar por atirar e matar suspeito imobilizado no RS

Policial militar atira e mata suspeito já imobilizado no RS
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou o Soldado Emerson Brião, o policial militar acusado de executar Geovane Matias Maciel, de 19 anos, que estava algemado e caído no chão antes de ser morto por disparos de arma de fogo. O caso aconteceu no dia 4 de março deste ano, na BR-285, em Bom Jesus, na Serra gaúcha. Veja vídeo acima.
A denúncia pelo homicídio qualificado aponta que os tiros acertaram a cabeça e o tórax dele, provocando uma hemorragia interna que resultou na morte.
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O g1 entrou em contato com a defesa de Brião, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
O Ministério Público também pede que seja estabelecida uma indenização mínima equivalente a 50 salários mínimos aos familiares da vítima.
Maciel tinha um mandado de prisão preventiva por violência doméstica contra si. Ele era suspeito de incendiar a casa da ex-companheira dois dias antes de ser morto. Também era investigado por furtos e, quando adolescente, por atos infracionais, incluindo um latrocínio.
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Indiciamento
O Soldado Emerson Brião foi indiciado pela Polícia Civil do RS, além de outros três policiais da Brigada Militar. Confira:
Soldado Emerson Brião: homicídio qualificado (mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, que estava algemada) e fraude processual (Lei de Abuso de Autoridade). Ele está preso preventivamente em unidade militar na Capital;
Sargento André Remonti e soldados Jeremias Pezzi Paim e Bruno Moojen Souza Ramos: fraude processual e prevaricação.
Em depoimento à Polícia Civil, o soldado Brião afirmou que atirou contra Geovane para se defender de um ataque com faca. O depoimento foi obtido pela repórter Adriana Irion, de GZH. No entanto, o vídeo enviado anonimamente ao Ministério Público mostrou que a vítima estava rendida e algemada no momento em que foi baleada.
O vídeo levou à abertura de um novo inquérito, conduzido pela Delegacia de Polícia de Vacaria. A investigação incluiu laudos de necropsia e balística, oitivas de testemunhas e dos próprios policiais, além de perícia no vídeo. A análise confirmou que os projéteis que atingiram Maciel partiram da arma usada por Brião.
A investigação concluiu que a versão inicial era inverídica e que os policiais alteraram a cena do crime, fornecendo informações incorretas sobre o local da abordagem.
Todos os policiais relataram que Maciel teria reagido com uma faca e ameaçado não se entregar. O motorista de aplicativo que transportava a vítima também foi ouvido e confirmou que Maciel teria dito que "não se entregaria nem que tivesse que matar ou morrer".
"Geovane, inicialmente, ergueu as mãos e saiu do veículo. No entanto, quando o soldado Brião se aproximou para realizar a revista pessoal, Geovane sacou repentinamente um objeto da cintura e desferiu um golpe com a faca, atingindo o abdômen do soldado Brião", disse o soldado Jeremias Paim em depoimento.
A defesa dos policiais afirmou que "o vídeo não mostra todo o desdobrar nem o anterior fato, por isso que existem circunstâncias que são complexas e não se provam apenas com um recorte".
Policial militar atira e mata suspeito já imobilizado no RS
Reprodução/ RBS TV
VÍDEOS: Tudo sobre o RS
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou o Soldado Emerson Brião, o policial militar acusado de executar Geovane Matias Maciel, de 19 anos, que estava algemado e caído no chão antes de ser morto por disparos de arma de fogo. O caso aconteceu no dia 4 de março deste ano, na BR-285, em Bom Jesus, na Serra gaúcha. Veja vídeo acima.
A denúncia pelo homicídio qualificado aponta que os tiros acertaram a cabeça e o tórax dele, provocando uma hemorragia interna que resultou na morte.
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O g1 entrou em contato com a defesa de Brião, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
O Ministério Público também pede que seja estabelecida uma indenização mínima equivalente a 50 salários mínimos aos familiares da vítima.
Maciel tinha um mandado de prisão preventiva por violência doméstica contra si. Ele era suspeito de incendiar a casa da ex-companheira dois dias antes de ser morto. Também era investigado por furtos e, quando adolescente, por atos infracionais, incluindo um latrocínio.
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O Soldado Emerson Brião foi indiciado pela Polícia Civil do RS, além de outros três policiais da Brigada Militar. Confira:
Soldado Emerson Brião: homicídio qualificado (mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, que estava algemada) e fraude processual (Lei de Abuso de Autoridade). Ele está preso preventivamente em unidade militar na Capital;
Sargento André Remonti e soldados Jeremias Pezzi Paim e Bruno Moojen Souza Ramos: fraude processual e prevaricação.
Em depoimento à Polícia Civil, o soldado Brião afirmou que atirou contra Geovane para se defender de um ataque com faca. O depoimento foi obtido pela repórter Adriana Irion, de GZH. No entanto, o vídeo enviado anonimamente ao Ministério Público mostrou que a vítima estava rendida e algemada no momento em que foi baleada.
O vídeo levou à abertura de um novo inquérito, conduzido pela Delegacia de Polícia de Vacaria. A investigação incluiu laudos de necropsia e balística, oitivas de testemunhas e dos próprios policiais, além de perícia no vídeo. A análise confirmou que os projéteis que atingiram Maciel partiram da arma usada por Brião.
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A defesa dos policiais afirmou que "o vídeo não mostra todo o desdobrar nem o anterior fato, por isso que existem circunstâncias que são complexas e não se provam apenas com um recorte".
Policial militar atira e mata suspeito já imobilizado no RS
Reprodução/ RBS TV
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