Agressão na escola: o que se sabe sobre caso de aluna torturada por colegas em MT

Aluna é torturada por colegas em escola de MT
A Polícia Civil e a Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) investigam o caso da estudante agredida por um grupo de colegas, dentro da Escola Estadual Carlos Hugueney, em Alto Araguaia, a 415 km de Cuiabá. A ação filmada pelas próprias agressoras foi divulgada nas redes sociais nessa segunda-feira (4).
O g1 reuniu os principais pontos para explicar o que já se sabe e o que ainda precisa ser esclarecido sobre o caso, com base nas informações divulgadas pela polícia e Secretaria de Educação. Veja abaixo:
A agressão
Motivação
Relação entre vítima e agressoras
Investigação
O que diz a escola
A agressão
Aluna fica ajoelhada enquanto é torturada por 4 colegas em escola de MT
Reprodução
A agressão foi registrada em vídeo pelas adolescentes e divulgada nas redes sociais, nessa segunda-feira (4). As imagens mostram uma das alunas ajoelhada, sendo encurralada e agredida por outras meninas.
Além de tapas, socos, chutes e puxões de cabelo, as estudantes usaram um cabo de uma vassoura para bater na vítima (vídeo acima).
Motivação
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Marcos Paulo Batista de Oliveira, a vítima foi espancada após ter recusado a dar um 'geladinho' -- suco de pacotinho -- a um dos colegas da escola.
O delegado classificou a violência praticada como uma espécie de "salve", um tipo de punição interna comum entre membros de facções criminosas, após um membro desrespeitar regras impostas pelo grupo.
Relação entre vítima e agressoras
Conforme a polícia, as meninas envolvidas mantinham um grupo na escola "inspirado em facções criminosas". Segundo a Polícia Civil, o grupo, que também inclui a vítima, é formado por cerca de 20 alunas que adotavam regras semelhantes às de organizações criminosas.
O delegado disse que o grupo estabelecia hierarquia, normas de conduta e até punições, como ocorre em facções. Uma das regras impostas era que a vítima não poderia chorar durante a agressão, sob pena de sofrer ainda mais violência.
Investigação
Delegado explica como alunas que agrediram colega agiam em escola de MT
A Polícia Civil informou que identificou e ouviu as alunas envolvidas na agressão, incluindo uma criança de 11 anos. Durante os depoimentos, as estudantes confessaram ter agredido outras quatro colegas em situações semelhantes. Os celulares delas foram apreendidos.
Na apuração dos fatos, foram ouvidas cerca de 10 pessoas, além das menores envolvidas, os pais, a diretoria da escola e a vítima prestaram depoimento.
A investigação também revelou que algumas das alunas envolvidas têm histórico familiar ligado a facções criminosas, o que pode ter influenciado a criação do grupo dentro da escola. Uma das adolescentes já havia sido conduzida à delegacia por estar em companhia de membros de uma facção, um deles portando drogas.
O delegado disse que irá recomendar ao Ministério Público a internação das adolescentes envolvidas.
O que diz a escola
Escola Estadual Carlos Hugueney, onde o caso aconteceu.
Reprodução
Em nota, a Seduc informou que está investigando o caso e que equipes da gestão da escola e da Diretoria Regional de Educação foram mobilizadas para prestar apoio psicológico à vítima, aos envolvidos e às famílias dos estudantes.
A nota ainda cita que serão tomadas "providências firmes" e aplicadas "punições exemplares dentro do que permite a legislação". O g1 questionou a secretaria sobre quais medidas seriam adotadas, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Confira nota na íntegra:
A Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) informa que já está apurando com rigor o caso de agressão envolvendo um grupo de estudantes contra uma aluna da Escola Estadual Carlos Hugueney, em Alto Araguaia, registrado em vídeo e divulgado nas redes sociais.
As equipes gestora e psicossocial da unidade e da Diretoria Regional de Educação já foram mobilizadas para prestar atendimento à vítima, aos demais envolvidos e às suas famílias, com o objetivo de oferecer acolhimento e suporte necessários.
O caso já foi registrado junto a autoridade policial competente e, paralelamente, a Seduc está tomando as medidas disciplinares cabíveis, conforme as normas do Regimento Escolar e demais legislações vigentes, com providências firmes para que situação como esta não se repita, aplicando punições exemplares dentro do que permite a legislação.
Reafirmamos nosso compromisso com a promoção de um ambiente escolar seguro, respeitoso e acolhedor para todos.
A Polícia Civil e a Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) investigam o caso da estudante agredida por um grupo de colegas, dentro da Escola Estadual Carlos Hugueney, em Alto Araguaia, a 415 km de Cuiabá. A ação filmada pelas próprias agressoras foi divulgada nas redes sociais nessa segunda-feira (4).
O g1 reuniu os principais pontos para explicar o que já se sabe e o que ainda precisa ser esclarecido sobre o caso, com base nas informações divulgadas pela polícia e Secretaria de Educação. Veja abaixo:
A agressão
Motivação
Relação entre vítima e agressoras
Investigação
O que diz a escola
A agressão
Aluna fica ajoelhada enquanto é torturada por 4 colegas em escola de MT
Reprodução
A agressão foi registrada em vídeo pelas adolescentes e divulgada nas redes sociais, nessa segunda-feira (4). As imagens mostram uma das alunas ajoelhada, sendo encurralada e agredida por outras meninas.
Além de tapas, socos, chutes e puxões de cabelo, as estudantes usaram um cabo de uma vassoura para bater na vítima (vídeo acima).
Motivação
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Marcos Paulo Batista de Oliveira, a vítima foi espancada após ter recusado a dar um 'geladinho' -- suco de pacotinho -- a um dos colegas da escola.
O delegado classificou a violência praticada como uma espécie de "salve", um tipo de punição interna comum entre membros de facções criminosas, após um membro desrespeitar regras impostas pelo grupo.
Relação entre vítima e agressoras
Conforme a polícia, as meninas envolvidas mantinham um grupo na escola "inspirado em facções criminosas". Segundo a Polícia Civil, o grupo, que também inclui a vítima, é formado por cerca de 20 alunas que adotavam regras semelhantes às de organizações criminosas.
O delegado disse que o grupo estabelecia hierarquia, normas de conduta e até punições, como ocorre em facções. Uma das regras impostas era que a vítima não poderia chorar durante a agressão, sob pena de sofrer ainda mais violência.
Investigação
Delegado explica como alunas que agrediram colega agiam em escola de MT
A Polícia Civil informou que identificou e ouviu as alunas envolvidas na agressão, incluindo uma criança de 11 anos. Durante os depoimentos, as estudantes confessaram ter agredido outras quatro colegas em situações semelhantes. Os celulares delas foram apreendidos.
Na apuração dos fatos, foram ouvidas cerca de 10 pessoas, além das menores envolvidas, os pais, a diretoria da escola e a vítima prestaram depoimento.
A investigação também revelou que algumas das alunas envolvidas têm histórico familiar ligado a facções criminosas, o que pode ter influenciado a criação do grupo dentro da escola. Uma das adolescentes já havia sido conduzida à delegacia por estar em companhia de membros de uma facção, um deles portando drogas.
O delegado disse que irá recomendar ao Ministério Público a internação das adolescentes envolvidas.
O que diz a escola
Escola Estadual Carlos Hugueney, onde o caso aconteceu.
Reprodução
Em nota, a Seduc informou que está investigando o caso e que equipes da gestão da escola e da Diretoria Regional de Educação foram mobilizadas para prestar apoio psicológico à vítima, aos envolvidos e às famílias dos estudantes.
A nota ainda cita que serão tomadas "providências firmes" e aplicadas "punições exemplares dentro do que permite a legislação". O g1 questionou a secretaria sobre quais medidas seriam adotadas, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Confira nota na íntegra:
A Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) informa que já está apurando com rigor o caso de agressão envolvendo um grupo de estudantes contra uma aluna da Escola Estadual Carlos Hugueney, em Alto Araguaia, registrado em vídeo e divulgado nas redes sociais.
As equipes gestora e psicossocial da unidade e da Diretoria Regional de Educação já foram mobilizadas para prestar atendimento à vítima, aos demais envolvidos e às suas famílias, com o objetivo de oferecer acolhimento e suporte necessários.
O caso já foi registrado junto a autoridade policial competente e, paralelamente, a Seduc está tomando as medidas disciplinares cabíveis, conforme as normas do Regimento Escolar e demais legislações vigentes, com providências firmes para que situação como esta não se repita, aplicando punições exemplares dentro do que permite a legislação.
Reafirmamos nosso compromisso com a promoção de um ambiente escolar seguro, respeitoso e acolhedor para todos.
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