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Ataques a ônibus: cidade de SP registra três veículos vandalizados e dois homens presos nesta segunda

Ataques a ônibus: cidade de SP registra três veículos vandalizados e dois homens presos nesta segunda
Ônibus são vandalizados na capital paulista, segundo a SPTrans
Reprodução
Mais três ônibus foram vandalizados nesta segunda-feira (21), em São Paulo, segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans. A Grande São Paulo contabiliza 813 ataques a ônibus, ocorridos em ao menos 27 cidades, desde 1º de junho.
Nesta segunda, os casos aconteceram na Brasilândia, na Zona Norte, e na Vila Mariana, na Zona Sul, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP). O local do terceiro caso não foi informado nem pela SSP nem pela SPTrans.
Segundo a secretaria, um homem de 38 anos foi detido após arremessar objetos contra um veículo na Avenida Deputado Cantídio Sampaio, na Brasilândia.
Neste ataque, que ocorreu por volta das 11h, a motorista foi forçada a parar o veículo. Ao questionar o autor sobre a ação, ela foi agredida. Durante a confusão, um passageiro idoso caiu e bateu a cabeça. À PM, o suspeito relatou que teria ingerido bebida alcoólica e não se lembrava do ocorrido.
O que se sabe até o momento sobre os ataques a ônibus em SP
O passageiro foi socorrido, e a motorista recebeu encaminhamento para passar por exame de corpo de delito. O coletivo sofreu danos na lateral. O caso foi registrado lesão corporal, ameaça e dano pelo 72º Distrito Policial (Vila Penteado).
Segundo a SSP, um homem de 40 anos foi preso em flagrante após arremessar uma pedra contra a janela de um ônibus, por volta das 12h de segunda-feira (21), na Avenida Domingos de Morais, na Vila Mariana. "O coletivo teve o vidro estilhaçado e transportava passageiros no momento do ataque. Ninguém se feriu. O suspeito, identificado pelas testemunhas e filmado por uma cobradora logo após a ação, tentou fugir, mas foi localizado dentro de outro ônibus na Praça da Sé, no Centro da cidade", diz a nota.
Ainda segundo a pasta, ele foi reconhecido pela equipe da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que realizou a abordagem. "Durante a revista, nada de ilícito foi encontrado, mas o homem confessou ter cometido o ato. O caso foi registrado como perigo para a vida ou saúde de outrem, dano e atentado contra a segurança de outro meio de transporte pelo 16º Distrito Policial (Vila Clementino)."
Em nota, a SMT e a SPTrans reiteram o repúdio aos atos de vandalismo registrados no sistema de transporte e seguem fornecendo todas as informações necessárias para auxiliar nas investigações.
"A SPTrans reforça a orientação para que as concessionárias comuniquem imediatamente todos os casos à Central de Operações e formalizem as ocorrências junto às autoridades policiais."
Segundo a STM e a SPTrans, quando um ato de vandalismo acontece com um ônibus, a empresa é obrigada a encaminhar o veículo para manutenção e o substitui por outro da reserva técnica, que realizará a próxima viagem programada, "garantindo a continuidade do serviço".
Grande SP
A Grande São Paulo contabiliza 813 ataques a ônibus, ocorridos em 27 cidades, desde 1º de junho até esta segunda (21). Dessas ocorrências, 15 foram registradas na quinta (veja abaixo principais vias onde coletivos foram atacados).
Um relatório do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) aponta que cerca de 80% dos casos ocorreram nas zonas Sul e Oeste, com predominância da Zona Sul.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), fez uma crítica à Polícia Civil pela demora para descobrir quem está por trás da onda de ataques a ônibus na cidade e a motivação das depredações.
Em 17 de julho, a Polícia Militar deteve três pessoas em um veículo suspeito de participação aos ataques. Segundo a PM, elas prestaram depoimento por cerca de cinco horas, mas foram liberadas. Ainda segundo a polícia, um dos detidos passava ao lado dos ônibus atirando bolinhas de gude.
Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) revelaram à TV Globo no dia 16 que, agora, a principal linha de investigação da polícia em relação aos ataques a ônibus na Grande São Paulo é a disputa entre empresas que atuam no ramo do transporte urbano coletivo.
Como pano de fundo, haveria uma disputa pelo poder dentro do sindicato de trabalhadores da categoria que já dura alguns meses e foi até parar na Justiça. A polícia apura se grupos rivais no sindicato possam ter começado esses ataques para prejudicar empresas concorrentes.
A hipótese de que os ataques tenham relação com uma disputa interna de poder ganha força em relação a duas outras linhas de investigação que também vêm sendo consideradas — ligação com o PCC e desafios de internet.
Isso porque as empresas cujos ônibus são atacados sofrem com gastos de manutenção e multas aplicadas pela prefeitura pelo tempo de não circulação dos veículos.
A polícia admite ainda haver um efeito de "contaminação" na depredação dos ônibus — pessoas não ligadas ao setor de transporte urbano coletivo também teriam atacado veículos.
Ataques a ônibus em SP: disputa entre empresas é a principal suspeita da polícia
Um dos ataques mais graves foi na Zona Sul, em que uma pedra acertou em cheio o rosto de uma passageira, causando várias fraturas no rosto dela.
Ataque a ônibus da Rod. Raposo Tavares
Reprodução/Aconteceu em Cotia
Ataque a ônibus em Cotia
Reprodução
Passageira ficou ferida após ataque com pedra a ônibus em São Paulo. Suspeito foi preso
Reprodução
SP tem quase 800 ataques a ônibus

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