Motorista de aplicativo denunciado por adolescente convidou vítima para motel, pediu beijo e ainda perguntou se ela queria ver o pênis dele

Adolescente registra assédio de motorista de aplicativo em áudio no interior de MG
"Me dá um beijo?", "Quer ver o meu pênis? Vai que você gosta dele". Essas foram algumas das frases ditas pelo motorista do aplicativo 99 que assediou uma adolescente de 15 anos durante uma corrida. O crime ocorreu na noite de quarta-feira (30) em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e foi registrado em áudio pela própria vítima. Ouça acima.
Segundo o boletim de ocorrência, o motorista ainda passou a mão na perna da adolescente, cheirou e beijou o cabelo dela. Ele também a convidou para um motel. As informações foram confirmadas pela mãe da adolescente em entrevista à TV Integração.
"Eu senti nojo quando ouvi os áudios das coisas que ele estava falando para ela. Tenho certeza que não foi a primeira vítima, pela forma como ele estava falando. Espero que ele nunca mais trabalhe como motorista, minha filha ficou traumatizada, não quis nem voltar à escola", desabafou a mãe.
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Em nota, o aplicativo 99 lamentou o ocorrido e disse que uma equipe especializada está em contato com a família prestando acolhimento. O perfil do motorista foi bloqueado da plataforma. Veja a nota na íntegra abaixo.
Após a repercussão do caso, o motorista registrou um boletim de ocorrência alegando ter recebido ameaças de morte por mensagens enviadas de números desconhecidos. Ele também negou ter assediado a adolescente.
De acordo com a Polícia Militar (PM), o suspeito não foi preso porque estava fora do período de flagrante.
A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar o caso. As investigações estão sob sigilo e, por isso, detalhes não foram divulgados.
Momentos de terror
Motorista de aplicativo sabia que a jovem era menor de idade e ainda afirmou ter uma filha da idade dela
Reprodução/TV Integração
Por volta das 21h, a adolescente estava na casa de uma amiga, no Bairro Laranjeiras, e solicitou um carro por aplicativo para ir embora, até o Bairro Jardim Patrícia. Segundo a mãe, o trajeto seguia normalmente até que, em um semáforo, o motorista cometeu o assédio.
Nos áudios gravados pela vítima é possível ouvir o seguinte diálogo:
"O que é isso que você está na boca?", perguntou o motorista.
"Gloss, um brilhinho para a boca", respondeu a jovem.
"Me dá um beijo então", pediu o motorista.
"Não!", retrucou a adolescente.
"Talvez você gosta do meu beijo, fica comigo".
"Não!"
Mesmo com a vítima negando por várias vezes, o motorista continuou com os assédios, perguntando se ela não gostaria de ver seu pênis.
"Ele é diferente, ele é branco. Faço o que você quiser, se você mandar eu sentar igual um cachorrinho eu sento", disse o motorista.
Preocupada com o que pudesse acontecer, a adolescente enviou a localização para a mãe juntamente de áudios que mostravam o que acontecia na viagem.
"Ela ficou aterrorizada porque ele estava mencionando que iria levá-la para um motel. Meu marido e eu ficamos muito preocupados e ficamos acompanhando o trajeto até ela chegar em casa. Até fomos esperar ela na portaria do prédio, mas, quando chegamos lá, ele já havia ido embora. Ela chorava muito", relembrou a mãe da vítima.
Após a repercussão do caso, a adolescente não retornou à escola na segunda-feira (4) por ainda estar traumatizada com o ocorrido. Além disso, segundo a mãe, a garota não voltará a andar com motoristas de aplicativo sozinha.
"Antes ela ia para todo lado usando o aplicativo. Agora, não dá mais, a gente fica com medo. Sozinha ela não fica."
A mãe da adolescente ainda afirmou que a empresa 99 procurou a família para oferecer apoio e tratamento psicológico.
"Ela está com medo, o que é compreensível depois do que passou. Vai começar a fazer tratamento com psicólogo, porque é fundamental cuidar disso. Foi um trauma muito grande", disse a mãe.
O que disse o aplicativo
"A 99 lamenta o ocorrido e informa que possui uma política de repúdio e tolerância zero em qualquer caso de violência, especialmente contra assédio e violência sexual. Assim que a empresa tomou conhecimento do caso, o perfil do motorista parceiro foi bloqueado da plataforma.
Uma equipe especializada está em contato com a família da passageira prestando acolhimento e orientações para acionamento do seguro, que inclui apoio psicológico. A empresa segue à disposição para colaborar com as investigações das autoridades."
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Segundo o boletim de ocorrência, o motorista ainda passou a mão na perna da adolescente, cheirou e beijou o cabelo dela. Ele também a convidou para um motel. As informações foram confirmadas pela mãe da adolescente em entrevista à TV Integração.
"Eu senti nojo quando ouvi os áudios das coisas que ele estava falando para ela. Tenho certeza que não foi a primeira vítima, pela forma como ele estava falando. Espero que ele nunca mais trabalhe como motorista, minha filha ficou traumatizada, não quis nem voltar à escola", desabafou a mãe.
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Em nota, o aplicativo 99 lamentou o ocorrido e disse que uma equipe especializada está em contato com a família prestando acolhimento. O perfil do motorista foi bloqueado da plataforma. Veja a nota na íntegra abaixo.
Após a repercussão do caso, o motorista registrou um boletim de ocorrência alegando ter recebido ameaças de morte por mensagens enviadas de números desconhecidos. Ele também negou ter assediado a adolescente.
De acordo com a Polícia Militar (PM), o suspeito não foi preso porque estava fora do período de flagrante.
A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar o caso. As investigações estão sob sigilo e, por isso, detalhes não foram divulgados.
Momentos de terror
Motorista de aplicativo sabia que a jovem era menor de idade e ainda afirmou ter uma filha da idade dela
Reprodução/TV Integração
Por volta das 21h, a adolescente estava na casa de uma amiga, no Bairro Laranjeiras, e solicitou um carro por aplicativo para ir embora, até o Bairro Jardim Patrícia. Segundo a mãe, o trajeto seguia normalmente até que, em um semáforo, o motorista cometeu o assédio.
Nos áudios gravados pela vítima é possível ouvir o seguinte diálogo:
"O que é isso que você está na boca?", perguntou o motorista.
"Gloss, um brilhinho para a boca", respondeu a jovem.
"Me dá um beijo então", pediu o motorista.
"Não!", retrucou a adolescente.
"Talvez você gosta do meu beijo, fica comigo".
"Não!"
Mesmo com a vítima negando por várias vezes, o motorista continuou com os assédios, perguntando se ela não gostaria de ver seu pênis.
"Ele é diferente, ele é branco. Faço o que você quiser, se você mandar eu sentar igual um cachorrinho eu sento", disse o motorista.
Preocupada com o que pudesse acontecer, a adolescente enviou a localização para a mãe juntamente de áudios que mostravam o que acontecia na viagem.
"Ela ficou aterrorizada porque ele estava mencionando que iria levá-la para um motel. Meu marido e eu ficamos muito preocupados e ficamos acompanhando o trajeto até ela chegar em casa. Até fomos esperar ela na portaria do prédio, mas, quando chegamos lá, ele já havia ido embora. Ela chorava muito", relembrou a mãe da vítima.
Após a repercussão do caso, a adolescente não retornou à escola na segunda-feira (4) por ainda estar traumatizada com o ocorrido. Além disso, segundo a mãe, a garota não voltará a andar com motoristas de aplicativo sozinha.
"Antes ela ia para todo lado usando o aplicativo. Agora, não dá mais, a gente fica com medo. Sozinha ela não fica."
A mãe da adolescente ainda afirmou que a empresa 99 procurou a família para oferecer apoio e tratamento psicológico.
"Ela está com medo, o que é compreensível depois do que passou. Vai começar a fazer tratamento com psicólogo, porque é fundamental cuidar disso. Foi um trauma muito grande", disse a mãe.
O que disse o aplicativo
"A 99 lamenta o ocorrido e informa que possui uma política de repúdio e tolerância zero em qualquer caso de violência, especialmente contra assédio e violência sexual. Assim que a empresa tomou conhecimento do caso, o perfil do motorista parceiro foi bloqueado da plataforma.
Uma equipe especializada está em contato com a família da passageira prestando acolhimento e orientações para acionamento do seguro, que inclui apoio psicológico. A empresa segue à disposição para colaborar com as investigações das autoridades."
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