Telemedicina é oferecida em apenas 10% dos municípios brasileiros

Apenas 10% dos municípios oferecem consultas médicas on line
Na área da saúde, a falta de infraestrutura está prejudicando um avanço no Brasil. Só 10% dos municípios oferecem consultas médicas online para população.
O metalúrgico Giovaldo Santos tenta há mais de dois anos consulta com um neurologista.
"O que eu estou tratando nesse momento não tem, que é o neuro e cardiologia, não tem. Qualquer consulta é complicado, exame", diz.
Já o estudante Mauro Sergio Silva é atendido toda semana por um especialista em saúde mental. Entre uma aula e outra na faculdade ele fez uma consulta digital, por chamada de vídeo.
"Para mim foi muito fácil. Fácil, prático. É uma experiência, assim, muito boa".
Cerca de 10% dos municípios brasileiros oferecem serviços de teleconsulta para população. Isso acontece porque as cidades não têm equipamentos básicos, como computadores, internet de alta velocidade. Nos lugares onde esse tipo de atendimento é feito, ele é realizado por médicos e enfermeiros a partir das unidades básicas de saúde. As consultas por chamadas de vídeo podem ampliar o acesso ao Sistema Único de Saúde.
O levantamento da Frente Nacional dos Prefeitos aponta ainda que a teleconsulta pode ser uma alternativa, diante da falta de médicos principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. As áreas mais críticas são oftalmologia, ortopedia, neurologia e cirurgia geral.
"Com saúde digital vai na consulta presencial aquele paciente que precisa que, muitas vezes, aquele paciente que está com câncer está numa fila junto com um paciente que poderia ter a sua situação resolvida através de saúde digital", destaca Dario Saadi, prefeito de Campinas/vice-presidente do Comissão de saúde da FNP.
O Ministério da Saúde estima que a telessaúde pode diminuir em 30% o tempo de atendimento do SUS. Por isso, incluiu o programa no PAC da Saúde e prevê um investimento de R$ 300 milhões.
"A gente nem sempre tem os especialistas que a gente precisa no local e no momento que a gente precisa. Então a telessaúde é uma excelente estratégia para a gente ampliar o acesso as ações e serviços de saúde nos locais de vazio assistencial", destaca Ana Castela Hadad, secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde.
No Rio de Janeiro, um projeto piloto da prefeitura com o Ministério da Saúde, Fiocruz e a ONG Redes da Maré oferece essas consultas para os moradores da favela. Para explicar como funciona o atendimento online, mobilizadores locais fazem contato direto com a população, batendo de porta em porta.
"Mostrar que é um serviço de confiança, que o médico e a enfermeira que vão atender são os mesmos que tão na unidade de saúde", afirma a coordenadora Luna Arouca.
Na unidade básica de saúde da região, a fila de espera diminuiu 20%.
"Às vezes um simples procedimento de orientação, uma prescrição de uma receita específica pra algum problema de saúde pode salvar vidas", pontua Daniel Soranz, secretário municipal de saúde do Rio.
A vida da empreendedora Tuigue Garcia é uma maratona. Ela cuida do filhinho pequeno e ainda toca, de casa, o próprio negócio: uma mini fábrica de brownies.
"São coisas simples que não têm necessidade de ir para a unidade. Às vezes, até para pegar uma receita, uma coisa assim. Não tem fila, e geralmente é o horário certinho, eles atendem. Não tem atraso também".
Telemedicina é oferecida em apenas 10% dos municípios brasileiros
Reprodução/TV Globo
LEIA TAMBÉM:
SUS gastou R$ 449 milhões com vítimas de trânsito em 2024; fim do DPVAT agrava rombo na Saúde
Quase metade dos pacientes do SUS não consegue tratamento de câncer no prazo legal
Na área da saúde, a falta de infraestrutura está prejudicando um avanço no Brasil. Só 10% dos municípios oferecem consultas médicas online para população.
O metalúrgico Giovaldo Santos tenta há mais de dois anos consulta com um neurologista.
"O que eu estou tratando nesse momento não tem, que é o neuro e cardiologia, não tem. Qualquer consulta é complicado, exame", diz.
Já o estudante Mauro Sergio Silva é atendido toda semana por um especialista em saúde mental. Entre uma aula e outra na faculdade ele fez uma consulta digital, por chamada de vídeo.
"Para mim foi muito fácil. Fácil, prático. É uma experiência, assim, muito boa".
Cerca de 10% dos municípios brasileiros oferecem serviços de teleconsulta para população. Isso acontece porque as cidades não têm equipamentos básicos, como computadores, internet de alta velocidade. Nos lugares onde esse tipo de atendimento é feito, ele é realizado por médicos e enfermeiros a partir das unidades básicas de saúde. As consultas por chamadas de vídeo podem ampliar o acesso ao Sistema Único de Saúde.
O levantamento da Frente Nacional dos Prefeitos aponta ainda que a teleconsulta pode ser uma alternativa, diante da falta de médicos principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. As áreas mais críticas são oftalmologia, ortopedia, neurologia e cirurgia geral.
"Com saúde digital vai na consulta presencial aquele paciente que precisa que, muitas vezes, aquele paciente que está com câncer está numa fila junto com um paciente que poderia ter a sua situação resolvida através de saúde digital", destaca Dario Saadi, prefeito de Campinas/vice-presidente do Comissão de saúde da FNP.
O Ministério da Saúde estima que a telessaúde pode diminuir em 30% o tempo de atendimento do SUS. Por isso, incluiu o programa no PAC da Saúde e prevê um investimento de R$ 300 milhões.
"A gente nem sempre tem os especialistas que a gente precisa no local e no momento que a gente precisa. Então a telessaúde é uma excelente estratégia para a gente ampliar o acesso as ações e serviços de saúde nos locais de vazio assistencial", destaca Ana Castela Hadad, secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde.
No Rio de Janeiro, um projeto piloto da prefeitura com o Ministério da Saúde, Fiocruz e a ONG Redes da Maré oferece essas consultas para os moradores da favela. Para explicar como funciona o atendimento online, mobilizadores locais fazem contato direto com a população, batendo de porta em porta.
"Mostrar que é um serviço de confiança, que o médico e a enfermeira que vão atender são os mesmos que tão na unidade de saúde", afirma a coordenadora Luna Arouca.
Na unidade básica de saúde da região, a fila de espera diminuiu 20%.
"Às vezes um simples procedimento de orientação, uma prescrição de uma receita específica pra algum problema de saúde pode salvar vidas", pontua Daniel Soranz, secretário municipal de saúde do Rio.
A vida da empreendedora Tuigue Garcia é uma maratona. Ela cuida do filhinho pequeno e ainda toca, de casa, o próprio negócio: uma mini fábrica de brownies.
"São coisas simples que não têm necessidade de ir para a unidade. Às vezes, até para pegar uma receita, uma coisa assim. Não tem fila, e geralmente é o horário certinho, eles atendem. Não tem atraso também".
Telemedicina é oferecida em apenas 10% dos municípios brasileiros
Reprodução/TV Globo
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