Violência contra a mulher cresce 15% no 1º semestre de 2025 em Divinópolis
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No dia em que a Lei Maria da Penha completa 19 anos de sanção, dados divulgados pela Polícia Civil e consultados pelo g1 mostram a dimensão da violência contra a mulher em Divinópolis e em Minas Gerais.
? A Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, tem como objetivo combater a violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil. Ela é nomeada em homenagem à farmacêutica Maria da Penha, que sofreu tentativa de homicídio por parte de seu marido. A lei estabelece medidas para proteger as vítimas, como a criação de juizados especiais de violência doméstica, a concessão de medidas protetivas de urgência e a garantia de assistência às vítimas.
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Divinópolis registrou 918 vítimas de violência doméstica de janeiro a junho de 2025. O número representa uma média de cinco registros por dia, ou uma mulher agredida a cada 5 horas na cidade. Em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram 796 vítimas, houve um aumento de 15,3% nos registros.
Além disso, o município contabilizou, desde 2019, 16 vítimas de feminicídio, sendo 12 casos consumados e quatro tentativas. Só em 2025, até junho, já foram três feminicídios consumados e duas tentativas.
Em todo o estado de Minas Gerais, no primeiro semestre de 2025, os registros de violência doméstica somaram 78.697 vítimas; em relação ao feminicídio, são 167 vítimas: 72 mortes e 95 tentativas.
Os números disponibilizados pela Polícia Civil consideram apenas vítimas do sexo feminino em situações de violência cometida por companheiros, ex-parceiros, familiares ou pessoas com vínculo afetivo. As estatísticas são atualizadas mensalmente e disponibilizadas no site da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG).
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O primeiro feminicídio registrado em 2025 foi o de uma mulher estrangulada pelo namorado na madrugada do dia 21 de fevereiro, no Bairro Jardinópolis, em Divinópolis. Veja o vídeo acima.
Segundo a Polícia Militar, duas filhas da vítima estavam na casa no momento do crime. O suspeito, que tem passagens pela polícia, fugiu, mas foi preso horas depois. A motivação do crime ainda é investigada.
Outro caso marcante foi o de Giovana Paula Rodrigues, de 27 anos, que sobreviveu a uma tentativa de feminicídio cometida pelo companheiro em janeiro deste ano. Ela levou cinco tiros dentro do apartamento onde morava com ele, no Bairro Bom Pastor. Giovana foi atingida na cabeça, fêmur, braço e glúteo, e perdeu um dos olhos.
O companheiro, Robert Washington da Silva, de 35 anos, atirou contra ela e depois atirou em si. Mesmo ferido, ele chegou a pedir ajuda a vizinhos antes de morrer no hospital. Dois meses após o crime, Giovana seguia internada e em recuperação.
“Apesar de serem dias difíceis, sou grato porque ela renasceu”, disse o pai, Rosimar Justino Rodrigues.
Em junho, uma jovem de 20 anos pulou da janela do primeiro andar de um prédio, no Centro de Divinópolis, para escapar das agressões do marido. Ela caiu sobre a marquise de uma loja e foi socorrida com dores na lombar e na região pélvica. O suspeito, de 31 anos, fugiu e é procurado.
? Onde denunciar em Divinópolis
Mulheres em situação de violência ou qualquer pessoa que presencie agressões também pode denunciar pelos seguintes canais:
Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher (24h, gratuito e anônimo)
Ligue 190: Polícia Militar (emergência)
MG Mulher: o aplicativo permite criar uma rede de contatos acionada em situação de perigo, além de reunir endereços de unidades policiais, instituições de apoio e informações sobre o tema.
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam): funciona na Rua Goiás, nº 1985, com atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h30 ao meio-dia e das 14h às 18h30. A unidade conta com sala de depoimento especial com brinquedoteca e equipe multidisciplinar formada por delegado, escrivão, investigador e psicólogo. Casos urgentes são atendidos pelo plantão da Delegacia Regional.
Delegacia Virtual: delegaciavirtual.sids.mg.gov.br
Patrulha da Mulher: conheça o serviço de suporte às vítimas de violência em Divinópolis
VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas
No dia em que a Lei Maria da Penha completa 19 anos de sanção, dados divulgados pela Polícia Civil e consultados pelo g1 mostram a dimensão da violência contra a mulher em Divinópolis e em Minas Gerais.
? A Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, tem como objetivo combater a violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil. Ela é nomeada em homenagem à farmacêutica Maria da Penha, que sofreu tentativa de homicídio por parte de seu marido. A lei estabelece medidas para proteger as vítimas, como a criação de juizados especiais de violência doméstica, a concessão de medidas protetivas de urgência e a garantia de assistência às vítimas.
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Divinópolis registrou 918 vítimas de violência doméstica de janeiro a junho de 2025. O número representa uma média de cinco registros por dia, ou uma mulher agredida a cada 5 horas na cidade. Em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram 796 vítimas, houve um aumento de 15,3% nos registros.
Além disso, o município contabilizou, desde 2019, 16 vítimas de feminicídio, sendo 12 casos consumados e quatro tentativas. Só em 2025, até junho, já foram três feminicídios consumados e duas tentativas.
Em todo o estado de Minas Gerais, no primeiro semestre de 2025, os registros de violência doméstica somaram 78.697 vítimas; em relação ao feminicídio, são 167 vítimas: 72 mortes e 95 tentativas.
Os números disponibilizados pela Polícia Civil consideram apenas vítimas do sexo feminino em situações de violência cometida por companheiros, ex-parceiros, familiares ou pessoas com vínculo afetivo. As estatísticas são atualizadas mensalmente e disponibilizadas no site da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG).
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O primeiro feminicídio registrado em 2025 foi o de uma mulher estrangulada pelo namorado na madrugada do dia 21 de fevereiro, no Bairro Jardinópolis, em Divinópolis. Veja o vídeo acima.
Segundo a Polícia Militar, duas filhas da vítima estavam na casa no momento do crime. O suspeito, que tem passagens pela polícia, fugiu, mas foi preso horas depois. A motivação do crime ainda é investigada.
Outro caso marcante foi o de Giovana Paula Rodrigues, de 27 anos, que sobreviveu a uma tentativa de feminicídio cometida pelo companheiro em janeiro deste ano. Ela levou cinco tiros dentro do apartamento onde morava com ele, no Bairro Bom Pastor. Giovana foi atingida na cabeça, fêmur, braço e glúteo, e perdeu um dos olhos.
O companheiro, Robert Washington da Silva, de 35 anos, atirou contra ela e depois atirou em si. Mesmo ferido, ele chegou a pedir ajuda a vizinhos antes de morrer no hospital. Dois meses após o crime, Giovana seguia internada e em recuperação.
“Apesar de serem dias difíceis, sou grato porque ela renasceu”, disse o pai, Rosimar Justino Rodrigues.
Em junho, uma jovem de 20 anos pulou da janela do primeiro andar de um prédio, no Centro de Divinópolis, para escapar das agressões do marido. Ela caiu sobre a marquise de uma loja e foi socorrida com dores na lombar e na região pélvica. O suspeito, de 31 anos, fugiu e é procurado.
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