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Após Trump mencionar troca, UE pede 'respeito à integridade territorial' da Ucrânia; Zelensky diz que Rússia prepara novos ataques

Após Trump mencionar troca, UE pede 'respeito à integridade territorial' da Ucrânia; Zelensky diz que Rússia prepara novos ataques
Vladimir Putin, Donald Trump e Volodymyr Zelensky
Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via REUTERS, Reuters e Genya Savilov/AFP
Países da União Europeia afirmaram nesta terça-feira (12) que a integridade territorial da Ucrânia tem que ser respeitada e o país deve ser incluído em qualquer conversa que sele o fim da guerra contra a Rússia.
Os europeus fizeram o apelo após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter afirmado na segunda-feira que Kiev e Moscou terão que "trocar territórios" para encerrar a guerra na Ucrânia.
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Trump e Putin devem se encontrar na sexta-feira (15) no Alasca para discutir a guerra na Ucrânia. O republicano disse que o encontro mostrará se o presidente russo, Vladimir Putin, está realmente disposto a fechar um acordo. A fala acendeu um alerta na Ucrânia e entre os europeus, que temem um acordo entre Trump e Putin pelo fim do conflito desfavorável à Europa e sem os consultar.
"Uma paz justa e duradoura, que traga estabilidade e segurança, deve respeitar o direito internacional, incluindo os princípios de independência, soberania e integridade territorial, além da regra de que fronteiras internacionais não podem ser alteradas pela força. O povo da Ucrânia deve ter liberdade para decidir seu próprio futuro. O caminho para a paz na Ucrânia não pode ser definido sem a Ucrânia", afirmaram os líderes da UE em comunicado conjunto, assinado por 26 países-membros e sem a Hungria, após cúpula de emergência.
Ao mesmo tempo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de estar preparando novos ataques, porém sem dar mais detalhes. O líder ucraniano adota uma postura de alertar Trump sobre Putin, dizendo que o presidente russo não quer encerrar o conflito e estaria enganando o americano.
"Todos nós apoiamos a determinação do presidente Trump e, juntos, devemos construir posições que não permitam que a Rússia engane o mundo mais uma vez. Vemos que o exército russo não está se preparando para encerrar a guerra. Pelo contrário, está realizando movimentos que indicam preparativos para novas operações ofensivas", afirmou Zelensky em publicação no X nesta terça.
Trump fará uma reunião com líderes europeus e Zelensky na quarta-feira, antes do encontro com Putin.
Por enquanto, persistem na Europa temores de que o republicano possa endossar um acordo que force grandes concessões de Kiev. Por outro lado, Trump endureceu sua posição em relação a Moscou nas últimas semanas ao permitir que mais armas americanas cheguem à Ucrânia e ameaçar impor tarifas aos compradores de petróleo russo.
Ucrânia e Rússia têm suas próprias demandas para aceitar um cessar-fogo. A maioria delas é inconciliável, como a disputa por territórios que a comunidade internacional reconhece como ucranianos. Veja abaixo o que cada país quer para encerrar o conflito.
Europa tenta influenciar encontro de Trump e Putin a favor da Ucrânia
Avanço da Rússia na Ucrânia
Tropas russas avançaram rapidamente em um setor estreito, porém importante, da linha de frente no leste da Ucrânia, disseram o Exército ucraniano e analistas de guerra nesta terça-feira.
O avanço conversa com o alerta de Zelensky, de que a Rússia se prepara para expandir ataques em solo ucraniano.
O blog ucraniano DeepState, que mantém estreita ligação com os militares, mostrou avanços russos de cerca de 10 quilômetros em dois dias, penetrando profundamente em uma faixa estreita do território ucraniano na linha de frente.
O corredor, agora aparentemente sob controle russo, ameaça a cidade de Dobropillia, um centro minerador de onde civis estão fugindo e que vem sofrendo ataques de drones russos.
O Instituto para o Estudo da Guerra, observatório sediado nos EUA, disse que a Rússia está enviando pequenos grupos de sabotagem para a linha de frente. A instituição afirmou que ainda é “prematuro” classificar os avanços russos na área de Dobropillia como uma “ruptura em nível operacional”.
O Grupo Operacional-Tático Donetsk, que supervisiona partes da frente de batalha na região industrial, também relatou que a Rússia está sondando as linhas ucranianas com pequenos grupos de sabotagem, descrevendo os combates como “complexos, desagradáveis e dinâmicos”.
Demandas de Rússia e Ucrânia pelo fim da guerra
Explosão de ataque de drone ilumina o céu de Kiev, capital da Ucrânia, na madrugada de 10 de julho de 2025.
REUTERS/Gleb Garanich
Rússia
Reconhecimento da soberania russa sobre a Crimeia (anexada em 2014) e as regiões de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson, que a Rússia ocupa ou reivindica.
O abandono oficial dos planos da Ucrânia de ingressar na Otan, a aliança militar do Ocidente criada na Guerra Fria. A não expansão da Otan em direção à Rússia é uma demanda antiga de Moscou.
Limites ao tamanho e às capacidades das Forças Armadas ucranianas, incluindo a suspensão do fornecimento de armas ocidentais e a proibição da presença militar estrangeira em território ucraniano.
Reconhecimento internacional das anexações russas e levantamento das sanções do Ocidente contra a Rússia.
Desmilitarização e "desnazificação" da Ucrânia, nas palavras usadas pelo Kremlin, incluindo a proibição de organizações nacionalistas e a restrição das narrativas de identidade nacional ucraniana.
Realização de eleições em condições favoráveis à Rússia após o fim das hostilidades. Moscou alega que o cancelamento das eleições presidenciais de 2024 por Kiev, devido à guerra, colocam em xeque a legitimidade do governo de Zelensky.
Garantia do direito ao ensino da língua russa na Ucrânia, além do ucraniano, além da proteção aos falantes russos no país.
Ucrânia
A retirada de todas as forças militares russas do território ucraniano, incluindo a Crimeia e outros territórios hoje controlados por Moscou.
Restauração das fronteiras da Ucrânia antes da anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 e da invasão militar russa, em 2022.
Proteção e restauração da infraestrutura energética e alimentar da Ucrânia, além de reparação por danos de guerra e desminagem dos territórios ucranianos.
Retorno de prisioneiros de guerra e crianças ucranianas que, segundo Kiev, foram sequestradas e deportadas para a Rússia.
Acusação de líderes russos por crimes de guerra cometidos durante a invasão.
Garantias de segurança de aliados internacionais para evitar futuras agressões russas.
Não reconhecimento das reivindicações territoriais russas ou da neutralidade imposta pela Rússia. A Ucrânia insiste, como nação soberana, no seu direito de escolher alianças, incluindo a possibilidade de adesão à Otan.
Rejeição das exigências para limitar seu efetivo militar ou proibição de hospedar tropas estrangeiras em seu território.
Suspensão gradual de algumas sanções contra a Rússia, condicionada ao cumprimento dos termos de paz.

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