Brasil não atinge meta de acesso de crianças a creche

Brasil não atinge a meta de acesso de crianças a creches
Uma pesquisa do Instituto Todos Pela Educação concluiu que o Brasil não atingiu a meta de acesso de crianças a creche.
A Alice e o Gael tem aprendido muito sobre os bichos. Parece brincadeira, mas é educação levada a sério. A creche pública em São Paulo é só um pedaço desse retrato.
Os educadores dizem que é nos primeiros anos que se constrói a base para todo o desenvolvimento cognitivo e cerebral, para a capacidade de socialização e capacidade de lidar com as emoções, de entender a escola como um lugar de descobertas e de afeto. Daí, a gente conclui que a formação das próximas gerações começa na creche. Só que a maior parte dos estados e municípios ainda engatinha no acesso a uma educação infantil pública de qualidade.
Um levantamento do Todos Pela Educação mostra que 4 em cada 10 crianças de 0 a 3 anos frequentam uma creche no país. O percentual cresceu, de 2016 para cá, mas não alcançou a meta do Plano Nacional de Educação, que era de 50%.
Entre os mais pobres, apenas 30,6% dos pequenos estão na educação infantil. Entre os mais ricos, a taxa é de 60%. Os pais de quase 2, 3 milhões de crianças afirmam que querem ter acesso à creche, mas não conseguem vaga, moram longe ou tiveram o pedido recusado pela idade. E a criança do Norte ou Nordeste já nasce com menos oportunidades que a do Sul ou Sudeste.
Entre os estados com mais dificuldade de acesso estão Acre e Roraima. Os que estão em melhor situação são Santa Catarina e São Paulo. Por lei, a responsabilidade é dos municípios, mas a especialista em educação básica, Priscila Cruz, diz que esse é um problema de todos.
"É um período muito estratégico, não só para os municípios que cuidam dessa etapa de ensino, mas para estados e também para a União. As crianças que mais precisam dependem da escola, dependem da creche para se alimentar, para ter acesso à fralda limpa, para ter acesso à estimulação, para ter acesso a uma série de desenvolvimentos que ela vai ter só se estiver na creche".
Com quatro refeições por dia e o futuro bem cuidado, esse brasileirinho cresce no berçário. E a mãe, no mercado de trabalho.
"Eu acho que muita gente que abandona o emprego por não ter vaga em creche, não ter um lugar que ele saiba que está cuidando do seu filho, que faz parte nossa e eu não conseguiria ter retornado", diz Vanessa Jandira da Silva, analista de Recursos Humanos.
O Ministério da Educação afirmou que o PAC abriu mais de 60 mil vagas em creches este ano, principalmente para famílias mais pobres.
O governo do Acre disse que alcançou o segundo melhor índice de alfabetização infantil da Região Norte e que atua em parceria com as prefeituras, responsáveis pela educação infantil.
O governo de Roraima também afirmou que trabalha junto aos municípios e que lançou um programa de formação continuada para mais de 5 mil profissionais do ensino.
Brasil não atinge a meta de acesso de crianças a creches
Reprodução/TV Globo
Uma pesquisa do Instituto Todos Pela Educação concluiu que o Brasil não atingiu a meta de acesso de crianças a creche.
A Alice e o Gael tem aprendido muito sobre os bichos. Parece brincadeira, mas é educação levada a sério. A creche pública em São Paulo é só um pedaço desse retrato.
Os educadores dizem que é nos primeiros anos que se constrói a base para todo o desenvolvimento cognitivo e cerebral, para a capacidade de socialização e capacidade de lidar com as emoções, de entender a escola como um lugar de descobertas e de afeto. Daí, a gente conclui que a formação das próximas gerações começa na creche. Só que a maior parte dos estados e municípios ainda engatinha no acesso a uma educação infantil pública de qualidade.
Um levantamento do Todos Pela Educação mostra que 4 em cada 10 crianças de 0 a 3 anos frequentam uma creche no país. O percentual cresceu, de 2016 para cá, mas não alcançou a meta do Plano Nacional de Educação, que era de 50%.
Entre os mais pobres, apenas 30,6% dos pequenos estão na educação infantil. Entre os mais ricos, a taxa é de 60%. Os pais de quase 2, 3 milhões de crianças afirmam que querem ter acesso à creche, mas não conseguem vaga, moram longe ou tiveram o pedido recusado pela idade. E a criança do Norte ou Nordeste já nasce com menos oportunidades que a do Sul ou Sudeste.
Entre os estados com mais dificuldade de acesso estão Acre e Roraima. Os que estão em melhor situação são Santa Catarina e São Paulo. Por lei, a responsabilidade é dos municípios, mas a especialista em educação básica, Priscila Cruz, diz que esse é um problema de todos.
"É um período muito estratégico, não só para os municípios que cuidam dessa etapa de ensino, mas para estados e também para a União. As crianças que mais precisam dependem da escola, dependem da creche para se alimentar, para ter acesso à fralda limpa, para ter acesso à estimulação, para ter acesso a uma série de desenvolvimentos que ela vai ter só se estiver na creche".
Com quatro refeições por dia e o futuro bem cuidado, esse brasileirinho cresce no berçário. E a mãe, no mercado de trabalho.
"Eu acho que muita gente que abandona o emprego por não ter vaga em creche, não ter um lugar que ele saiba que está cuidando do seu filho, que faz parte nossa e eu não conseguiria ter retornado", diz Vanessa Jandira da Silva, analista de Recursos Humanos.
O Ministério da Educação afirmou que o PAC abriu mais de 60 mil vagas em creches este ano, principalmente para famílias mais pobres.
O governo do Acre disse que alcançou o segundo melhor índice de alfabetização infantil da Região Norte e que atua em parceria com as prefeituras, responsáveis pela educação infantil.
O governo de Roraima também afirmou que trabalha junto aos municípios e que lançou um programa de formação continuada para mais de 5 mil profissionais do ensino.
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