Trilha sonora de namoro, vinil de pai pra filho, nome do cachorro: fãs se despedem de Ozzy Osbourne com boas lembranças
Fãs se despedem de Ozzy Osbourne, o 'pai do heavy metal', com boas lembranças
O silêncio que se abateu sobre o mundo do rock com a morte de Ozzy Osbourne, o lendário "Príncipe das Trevas" e ícone do heavy metal, não foi capaz de calar as vozes dos fãs da região de Ribeirão Preto (SP).
A paixão pelo vocalista do Black Sabbath e a marcante carreira solo dele são mais do que evidentes.
No palco, o 'pai do heavy metal' embalou gerações com hits atemporais e performances que se tornaram lendárias. Quem presenciou essa força, não vai esquecer jamais.
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Ao g1, os fãs revelaram curiosidades e mergulharam em histórias emocionantes, desde o casal que teve a trilha sonora do relacionamento embalada por Ozzy até a visão de um pesquisador musical sobre a influência e as peculiaridades de Ozzy, sem esquecer o impacto do artista nas novas gerações de músicos.
"Sou tão fã que até o meu cachorro leva o nome de Ozzy Osbourne", diz José Carlos Pimentel (veja vídeo acima), conhecido como Zé do Rock, pesquisador musical de Ribeirão Preto (SP) . Para ele, Ozzy Osbourne teve a sua trajetória como protagonista e precursor do rock e heavy metal.
"Ozzy Osbourne, com sua banda, o Black Sabbath, foi um dos precursores do heavy metal. Toda banda de rock de heavy metal tem influência de Ozzy Osbourne".
Ozzy Osbourne se apresenta no intervalo de um jogo de futebol americano nos EUA em 2021
John McCoy/AP Photo
Conheça as memórias e o legado imortal deixado pelo "Madman" na vida dos admiradores ribeirão-pretanos:
Amor de 30 anos ao som de Ozzy
Para o casal Ricardo Tormena, de 48 anos, e Thais Lipari, de 47, ambos de Ribeirão Preto, a música de Ozzy Osbourne é a trilha sonora de um relacionamento de três décadas.
"Ozzy faz parte da nossa história", declara Thais, relembrando o início do namoro em 1995.
Foi Ricardo quem a introduziu ao heavy metal em uma época dominada pelo grunge.
"A gente começou a namorar em abril e, no Dia dos Namorados, esse já foi o meu primeiro presente", conta Ricardo, mostrando um CD de Black Sabbath.
A imersão definitiva, ele diz, veio com o 'Monsters of Rock' daquele ano, que teve Ozzy como atração principal. "A partir dali, foi um divisor de águas no nosso relacionamento", afirma.
Música de Ozzy Osbourne é a trilha sonora do relacionamento de Ricardo Tormena, de 48 anos, e Thais Lipari, de 47.
Arquivo pessoal
Desde então, o casal assistiu a mais de 100 shows internacionais de rock, cinco deles com a participação de Ozzy.
"Assistimos a três apresentações da carreira solo de Ozzy e duas com o Black Sabbath", detalha Ricardo, citando as turnês de 1995, 2008, 2011 (solo) e 2013 e 2016 (Black Sabbath).
"A reunião do Black Sabbath, que muitos consideravam improvável, foi um marco. Para nós, foi muito importante ter presenciado e ter vivido aquele momento e ter ele guardado na memória", diz Ricardo.
Para Thais, mesmo quem não é fã, sabe da importância do Ozzy para a cena musical mundial e a figura que ele representava.
"Toda aquela coisa teatral, além de ele ter uma mulher incrível ao lado dele, conhecida como a raposa dos negócios."
"O vazio é grande, mas o legado é maior ainda. Gratidão ao ‘Príncipe das Trevas’", completa Ricardo.
Ricardo Tormena, Thais Lipari, Ariane Dias, Marco Rigobelo no show da banda Black Sabbath, em 2016.
Arquivo pessoal
Geração em geração
A influência de Ozzy Osbourne transcende gerações, alcançando músicos como Aquiles Jeronimo, de 32 anos. O primeiro contato dele com o Black Sabbath foi aos 7 anos, por meio da coleção de vinis do pai.
Para Aquiles, a partida de Ozzy representa uma perda irreparável para o mundo da música em geral.
"O que nos conforta é o legado que ele deixou para todos os músicos que resolvem ter banda. Ele é a inspiração e a força dos precursores do heavy metal, que deixa isso como legado. É uma responsabilidade muito grande que o Ozzy deixou para todos nós".
Aquiles teve a oportunidade de ver Ozzy duas vezes ao vivo: no festival "Monsters of Rock" e com o Black Sabbath em 2016.
"Minha primeira vez vendo o Ozzy foi em 2015, tinha 22 anos. Foi uma realização pessoal muito grande para mim. Ter visto a presença do Ozzy no palco é uma coisa que eu acho que todo mundo que teve a oportunidade de ver ao vivo com certeza vai ficar marcado para sempre. O cara tinha uma aura diferente de tudo".
Aquiles Jeronimo no show do Black Sabbath em 2016.
Arquivo pessoal
Músico, Aquiles revela que a banda que integra, chamada Chromeskull, tem no Black Sabbath e na carreira solo de Ozzy a principal referência para as composições.
"Tenho certeza de que a influência de Ozzy e do Black Sabbath permanecerá viva. É impossível citar o metal sem citar o Black Sabbath, assim como Ozzy. O metal em geral, a cultura pop que a gente conhece hoje em dia deve muito ao Ozzy Osbourne e a sua personalidade única. Ele mudou muitas coisas, não só dentro do metal, mas também dentro da cultura pop em geral. O rock perde um de seus maiores ícones, sua personalidade única e seu legado continuarão."
Príncipe das Trevas
Zé do Rock lembra de curiosidades marcantes da carreira do "Madman", como o infame incidente de 1982, quando Ozzy mordeu a cabeça de um morcego no palco, pensando ser de borracha. "Na verdade, era um animal morto e ele passou a turnê toda tendo que tomar vacinas", diverte-se.
Além das polêmicas, Zé ressalta o sucesso da carreira solo de Ozzy e o show de despedida em 5 de julho, que arrecadou milhões para instituições de caridade e contou com a participação de grandes bandas.
"Guardo aqui uma camiseta do último show do Black Sabbath no Brasil e uma vasta coleção de CDs e discos da banda e de Ozzy. Fica a saudade de um dos maiores ícones da música, da cultura pop. Até reality show ele chegou a fazer com a família. Infelizmente, perdemos um dos grandes ícones da música mundial."
José Carlos Pimentel no show do Black Sabbath no Brasil, em 2016.
Arquivo pessoal
Veja imagens do último show, com o Black Sabbath:
Ozzy Osbourne: veja imagens do último show, com o Black Sabbath
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O silêncio que se abateu sobre o mundo do rock com a morte de Ozzy Osbourne, o lendário "Príncipe das Trevas" e ícone do heavy metal, não foi capaz de calar as vozes dos fãs da região de Ribeirão Preto (SP).
A paixão pelo vocalista do Black Sabbath e a marcante carreira solo dele são mais do que evidentes.
No palco, o 'pai do heavy metal' embalou gerações com hits atemporais e performances que se tornaram lendárias. Quem presenciou essa força, não vai esquecer jamais.
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Ao g1, os fãs revelaram curiosidades e mergulharam em histórias emocionantes, desde o casal que teve a trilha sonora do relacionamento embalada por Ozzy até a visão de um pesquisador musical sobre a influência e as peculiaridades de Ozzy, sem esquecer o impacto do artista nas novas gerações de músicos.
"Sou tão fã que até o meu cachorro leva o nome de Ozzy Osbourne", diz José Carlos Pimentel (veja vídeo acima), conhecido como Zé do Rock, pesquisador musical de Ribeirão Preto (SP) . Para ele, Ozzy Osbourne teve a sua trajetória como protagonista e precursor do rock e heavy metal.
"Ozzy Osbourne, com sua banda, o Black Sabbath, foi um dos precursores do heavy metal. Toda banda de rock de heavy metal tem influência de Ozzy Osbourne".
Ozzy Osbourne se apresenta no intervalo de um jogo de futebol americano nos EUA em 2021
John McCoy/AP Photo
Conheça as memórias e o legado imortal deixado pelo "Madman" na vida dos admiradores ribeirão-pretanos:
Amor de 30 anos ao som de Ozzy
Para o casal Ricardo Tormena, de 48 anos, e Thais Lipari, de 47, ambos de Ribeirão Preto, a música de Ozzy Osbourne é a trilha sonora de um relacionamento de três décadas.
"Ozzy faz parte da nossa história", declara Thais, relembrando o início do namoro em 1995.
Foi Ricardo quem a introduziu ao heavy metal em uma época dominada pelo grunge.
"A gente começou a namorar em abril e, no Dia dos Namorados, esse já foi o meu primeiro presente", conta Ricardo, mostrando um CD de Black Sabbath.
A imersão definitiva, ele diz, veio com o 'Monsters of Rock' daquele ano, que teve Ozzy como atração principal. "A partir dali, foi um divisor de águas no nosso relacionamento", afirma.
Música de Ozzy Osbourne é a trilha sonora do relacionamento de Ricardo Tormena, de 48 anos, e Thais Lipari, de 47.
Arquivo pessoal
Desde então, o casal assistiu a mais de 100 shows internacionais de rock, cinco deles com a participação de Ozzy.
"Assistimos a três apresentações da carreira solo de Ozzy e duas com o Black Sabbath", detalha Ricardo, citando as turnês de 1995, 2008, 2011 (solo) e 2013 e 2016 (Black Sabbath).
"A reunião do Black Sabbath, que muitos consideravam improvável, foi um marco. Para nós, foi muito importante ter presenciado e ter vivido aquele momento e ter ele guardado na memória", diz Ricardo.
Para Thais, mesmo quem não é fã, sabe da importância do Ozzy para a cena musical mundial e a figura que ele representava.
"Toda aquela coisa teatral, além de ele ter uma mulher incrível ao lado dele, conhecida como a raposa dos negócios."
"O vazio é grande, mas o legado é maior ainda. Gratidão ao ‘Príncipe das Trevas’", completa Ricardo.
Ricardo Tormena, Thais Lipari, Ariane Dias, Marco Rigobelo no show da banda Black Sabbath, em 2016.
Arquivo pessoal
Geração em geração
A influência de Ozzy Osbourne transcende gerações, alcançando músicos como Aquiles Jeronimo, de 32 anos. O primeiro contato dele com o Black Sabbath foi aos 7 anos, por meio da coleção de vinis do pai.
Para Aquiles, a partida de Ozzy representa uma perda irreparável para o mundo da música em geral.
"O que nos conforta é o legado que ele deixou para todos os músicos que resolvem ter banda. Ele é a inspiração e a força dos precursores do heavy metal, que deixa isso como legado. É uma responsabilidade muito grande que o Ozzy deixou para todos nós".
Aquiles teve a oportunidade de ver Ozzy duas vezes ao vivo: no festival "Monsters of Rock" e com o Black Sabbath em 2016.
"Minha primeira vez vendo o Ozzy foi em 2015, tinha 22 anos. Foi uma realização pessoal muito grande para mim. Ter visto a presença do Ozzy no palco é uma coisa que eu acho que todo mundo que teve a oportunidade de ver ao vivo com certeza vai ficar marcado para sempre. O cara tinha uma aura diferente de tudo".
Aquiles Jeronimo no show do Black Sabbath em 2016.
Arquivo pessoal
Músico, Aquiles revela que a banda que integra, chamada Chromeskull, tem no Black Sabbath e na carreira solo de Ozzy a principal referência para as composições.
"Tenho certeza de que a influência de Ozzy e do Black Sabbath permanecerá viva. É impossível citar o metal sem citar o Black Sabbath, assim como Ozzy. O metal em geral, a cultura pop que a gente conhece hoje em dia deve muito ao Ozzy Osbourne e a sua personalidade única. Ele mudou muitas coisas, não só dentro do metal, mas também dentro da cultura pop em geral. O rock perde um de seus maiores ícones, sua personalidade única e seu legado continuarão."
Príncipe das Trevas
Zé do Rock lembra de curiosidades marcantes da carreira do "Madman", como o infame incidente de 1982, quando Ozzy mordeu a cabeça de um morcego no palco, pensando ser de borracha. "Na verdade, era um animal morto e ele passou a turnê toda tendo que tomar vacinas", diverte-se.
Além das polêmicas, Zé ressalta o sucesso da carreira solo de Ozzy e o show de despedida em 5 de julho, que arrecadou milhões para instituições de caridade e contou com a participação de grandes bandas.
"Guardo aqui uma camiseta do último show do Black Sabbath no Brasil e uma vasta coleção de CDs e discos da banda e de Ozzy. Fica a saudade de um dos maiores ícones da música, da cultura pop. Até reality show ele chegou a fazer com a família. Infelizmente, perdemos um dos grandes ícones da música mundial."
José Carlos Pimentel no show do Black Sabbath no Brasil, em 2016.
Arquivo pessoal
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Ozzy Osbourne: veja imagens do último show, com o Black Sabbath
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