Veja como está hotel abandonado há 20 anos na Via Costeira, em Natal

Veja como está hotel abandonado há 20 anos na Via Costeira, em Natal
É impossível passar pela Via Costeira, em Natal, e não notar o esqueleto de concreto abandonado diante do mar. O prédio, que deveria abrigar um hotel de luxo, se tornou um problema urbano.
A obra foi embargada em 2005 por ultrapassar o limite de altura permitido no Plano Diretor vigente na época e desrespeitar o projeto aprovado pela Prefeitura de Natal.
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Veja, mais acima, um vídeo que mostra como está a estrutura do hotel 20 anos ter a obra paralisada.
Desde então, a construção está paralisada. Em 2017, a Justiça Federal determinou a demolição do oitavo andar da estrutura – erguido de forma irregular. Anos depois, a Justiça voltou a cobra o cumprimento da sentença.
Segundo o juiz responsável pelo caso, apenas a laje havia sido removida. Vigas, pilares, escadas e elevadores continuavam no lugar.
Uma vistoria feita recentemente aponta que a estrutura apresenta sinais de comprometimento.
De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícia (IBAP), Cásio Câmara, é possível observar degradação mais intensa na parte voltada para o mar, que sofre mais diretamente os impactos da erosão marinha.
"Nós temos aqui uma região onde a edificação está instalada de forte agressividade de sais, de cloreto, o próprio vento acaba facilitando essa vida útil da peça", disse.
Hotel BRA, na Via Costeira, em Natal RN
Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi
Demolição determinada pela Justiça não foi realizada
A empresa responsável pela obra foi multada em R$ 5 mil pela Justiça por não ter cumprido integralmente a decisão judicial.
O juiz do caso chegou a sugerir que a própria Prefeitura de Natal executasse a demolição do que resta do andar irregular. No entanto, o município informou que não irá realizar o serviço.
Em nota, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) afirmou que é mais adequado que a própria empresa faça a intervenção, para evitar riscos técnicos e permitir um eventual reaproveitamento da estrutura no futuro.
Enquanto isso, a construtora tenta viabilizar um novo projeto de licenciamento junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb).
O pedido está em análise, mas, segundo a pasta, ainda aguarda o envio de documentos complementares por parte da empresa.
A Inter TV Cabugi tentou ouvir o advogado da empresa, mas ele preferiu não se pronunciar.
Parte do hotel permaneceu preservada, dizem especialistas
O presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícia (IBAP), Cásio Câmara, disse que há partes do hotel que foram preservadas, podendo serem reaproveitadas, caso seja necessário.
"A gente consegue, visualmente, observar que parte da estrutura de fato vai ser preciso demolir, porque a eficiência está comprometida, e grande parte da estrutura pode ser, sim, recuperada e tem alguns dos elementos que estão preservados. Ela pode ser preservada, sim, sem necessidade de demolição", disse.
O engenheiro calculista Wauban Luiz, que fez um estudo do prédio com o auxílio de um drone, disse que os danos são mais aparentes na fachada litorânea, com exposição de armaduras e desgaste do concreto.
"Existem trechos - em função dessa visualização que a gente fez através do drone - que aparentam estar com maiores problemas. E existem outros que estão protegidos, que tinham reboco, que são mais internos, que não tinha ação do vento ou da água, então estão bem mais protegidos", explicou.
"Com certeza se há comprometimento ou não, só após ensaios, análises matemáticas, fazer a simulação computacional do edifício, para averiguar a sua capacidade ou incapacidade resistente das solicitações", completou.
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É impossível passar pela Via Costeira, em Natal, e não notar o esqueleto de concreto abandonado diante do mar. O prédio, que deveria abrigar um hotel de luxo, se tornou um problema urbano.
A obra foi embargada em 2005 por ultrapassar o limite de altura permitido no Plano Diretor vigente na época e desrespeitar o projeto aprovado pela Prefeitura de Natal.
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Desde então, a construção está paralisada. Em 2017, a Justiça Federal determinou a demolição do oitavo andar da estrutura – erguido de forma irregular. Anos depois, a Justiça voltou a cobra o cumprimento da sentença.
Segundo o juiz responsável pelo caso, apenas a laje havia sido removida. Vigas, pilares, escadas e elevadores continuavam no lugar.
Uma vistoria feita recentemente aponta que a estrutura apresenta sinais de comprometimento.
De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícia (IBAP), Cásio Câmara, é possível observar degradação mais intensa na parte voltada para o mar, que sofre mais diretamente os impactos da erosão marinha.
"Nós temos aqui uma região onde a edificação está instalada de forte agressividade de sais, de cloreto, o próprio vento acaba facilitando essa vida útil da peça", disse.
Hotel BRA, na Via Costeira, em Natal RN
Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi
Demolição determinada pela Justiça não foi realizada
A empresa responsável pela obra foi multada em R$ 5 mil pela Justiça por não ter cumprido integralmente a decisão judicial.
O juiz do caso chegou a sugerir que a própria Prefeitura de Natal executasse a demolição do que resta do andar irregular. No entanto, o município informou que não irá realizar o serviço.
Em nota, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) afirmou que é mais adequado que a própria empresa faça a intervenção, para evitar riscos técnicos e permitir um eventual reaproveitamento da estrutura no futuro.
Enquanto isso, a construtora tenta viabilizar um novo projeto de licenciamento junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb).
O pedido está em análise, mas, segundo a pasta, ainda aguarda o envio de documentos complementares por parte da empresa.
A Inter TV Cabugi tentou ouvir o advogado da empresa, mas ele preferiu não se pronunciar.
Parte do hotel permaneceu preservada, dizem especialistas
O presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícia (IBAP), Cásio Câmara, disse que há partes do hotel que foram preservadas, podendo serem reaproveitadas, caso seja necessário.
"A gente consegue, visualmente, observar que parte da estrutura de fato vai ser preciso demolir, porque a eficiência está comprometida, e grande parte da estrutura pode ser, sim, recuperada e tem alguns dos elementos que estão preservados. Ela pode ser preservada, sim, sem necessidade de demolição", disse.
O engenheiro calculista Wauban Luiz, que fez um estudo do prédio com o auxílio de um drone, disse que os danos são mais aparentes na fachada litorânea, com exposição de armaduras e desgaste do concreto.
"Existem trechos - em função dessa visualização que a gente fez através do drone - que aparentam estar com maiores problemas. E existem outros que estão protegidos, que tinham reboco, que são mais internos, que não tinha ação do vento ou da água, então estão bem mais protegidos", explicou.
"Com certeza se há comprometimento ou não, só após ensaios, análises matemáticas, fazer a simulação computacional do edifício, para averiguar a sua capacidade ou incapacidade resistente das solicitações", completou.
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