Anuário da Segurança: crimes caem nas ruas, mas disparam na internet e dentro de casa

A cada minuto 4 brasileiros são vítimas de golpes, a maioria pela internet
O levantamento anual do Fórum de Segurança Pública registrou que, a cada minuto, quatro brasileiros são vítimas de golpes — a maioria deles pela internet.
A transformação digital mudou a forma como trabalhamos ou passamos nosso tempo livre, a forma como compramos ou gerenciamos nosso dinheiro. E mudou também o crime no Brasil.
"Furtos, roubos, roubos de carga, roubo a estabelecimento comercial, roubo a residências, todos os crimes que envolvem algum tipo de violência no espaço da rua caem e caem de forma bastante significativa, nas mortes violentas intencionais", disse Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Não que a queda signifique números aceitáveis. As mortes violentas caíram 5,4%. Mesmo assim, o país registrou 44.127 mortes violentas em 2024.
Parte do crime saiu das ruas e nos acompanhou enquanto nos voltamos para dentro de casa — e para as telas. No centro de toda essa movimentação: o telefone celular. O número de roubos e furtos de aparelhos — crimes cometidos nas ruas — até caiu de 2023 para 2024 (queda de 12,6%). Mas o número de crimes que usam os celulares para nos atingir, explodiu.
O estelionato por meio eletrônico subiu 17% de 2023 para 2024. E, se olharmos desde 2018, os casos de estelionato aumentaram mais de 400%.
Crimes virtuais aumentam no Brasil
Reprodução/TV Globo
Repórter: "Esse aparelhinho era para dar tranquilidade para gente, hoje..."
"Era para dar comodidade. É um facilitador, mas é um facilitador pelos dois lados, né? Facilitador para quem tá operando e facilitador para quem quer a maldade do outro lado, né?", lamenta o consultor de TI Allan Rangel Barros.
O Alan trabalha com Tecnologia da Informação. Mas quase caiu no golpe porque fez nas redes sociais o que quase todo mundo faz.
"Eu estive nesse lugar, eu fiz um check-in nesse lugar e eu postei foto, e aí estávamos a família, filhos em frente ao estabelecimento, um prato cheio! Então ele tinha o endereço, nome do estabelecimento. Ele não precisava de mais nada."
Os bandidos disseram que ele tinha ganhado um jantar grátis. No último momento, ele resolveu não clicar no link — e escapou de ter seu telefone invadido. Mas muita, muita gente cai.
Estelionatos cresceram mais de 400% desde 2018
Reprodução/TV Globo
No ano passado, o Brasil registrou o espantoso número de quatro golpes por minuto.
"O crime organizado hoje entendeu que é muito mais rentável e menos perigoso cometer crimes virtuais, do que por exemplo estourar um caixa eletrônico de uma agência bancária, até porque essa agência vai ter menos dinheiro à disposição do que se ele por exemplo aplicar um golpe contra três, quatro, cinco pessoas aqui por meio de um aparelho celular furtado ou roubado ou eventualmente com ligações de falsas centrais bancárias", explica o diretor-presidente do Fórum.
E é também fora das ruas que vimos os aumentos de outros crimes.
O país teve o maior número da série histórica de estupros, com 77% dos casos contra vulneráveis. E também o maior número de feminicídios: 1.492 casos. As tentativas de feminicídio cresceram 19%.
"A violência portanto nas casas e a de natureza sexual, que na sua imensa maioria é cometida por pessoas próximas, então também estaria ligada a casa, né? O feminicídio ele é só o resultado final de uma série de conflitos que vão acontecendo no espaço doméstico e que ganham muito pouca atenção do poder público, né?"
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Sábado é o dia com mais furto de celulares
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Não que a queda signifique números aceitáveis. As mortes violentas caíram 5,4%. Mesmo assim, o país registrou 44.127 mortes violentas em 2024.
Parte do crime saiu das ruas e nos acompanhou enquanto nos voltamos para dentro de casa — e para as telas. No centro de toda essa movimentação: o telefone celular. O número de roubos e furtos de aparelhos — crimes cometidos nas ruas — até caiu de 2023 para 2024 (queda de 12,6%). Mas o número de crimes que usam os celulares para nos atingir, explodiu.
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Reprodução/TV Globo
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