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Jovem do RS que estuda programação desde os 12 anos é selecionado para representar Brasil em Olimpíada de inteligência artificial na China

Jovem do RS que estuda programação desde os 12 anos é selecionado para representar Brasil em Olimpíada de inteligência artificial na China
Jovem que estuda programação desde os 12 anos é selecionado para Olimpíada de IA na China
O canoense Ícaro Silva da Rosa Linck Fróes, de apenas 17 anos, foi selecionado para integrar a equipe brasileira que disputa a Olimpíada Internacional de Inteligência Artificial (IOAI) de 2025, que acontece em Pequim, na China. A seleção da equipe brasileira aconteceu por meio da 1ª Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial (ONIA), onde Ícaro foi um dos destaques entre mais de 716 mil participantes.
O físico Antônio Carlan, coordenador da ONIA e membro do board da IOAI, afirma que a Olimpíada surgiu por uma série de fatores, incluindo a necessidade de desenvolver um projeto no final da graduação, durante a pandemia de COVID-19. O tema da Inteligência Artificial foi escolhido antes mesmo da popularização de modelos como o ChatGPT, pela importância de entender o funcionamento da nova tecnologia.
"Matemática é uma ciência que já tem milhares de anos, a física tem centenas de anos. Nesse contexto, a IA nasceu ontem. Queremos que o Brasil seja protagonista no macrotema Inteligência Artificial, e não acabe como ocorreu com outras indústrias estratégicas", explica o físico.
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Foi nesta época, com 12 anos, que Ícaro buscou aprender mais sobre programação. Inicialmente autodidata, em 2024 encontrou na Olimpíada uma forma de aprender junto de pessoas de todo o país, com o convite de um amigo.
"Entrei para aprender. Ser campeão foi algo surreal. Olimpíadas são quase o oposto dos vestibulares. Elas nos incentivam a focar naquilo que amamos com profundidade", afirma o jovem.
De acordo com a organização do evento brasileiro, o aprendizado passa por quatro fases distintas. As duas primeiras totalmente virtuais e voltadas para o letramento digital. Já a terceira e a quarta fase estão dedicadas ao aprofundamento dos fundamentos e ao emprego de linguagens de programação e modelos de IA.
"Agora, nós temos que selecionar quais que são os melhores que vão representar o Brasil na Olimpíada Internacional. Então, nós começamos a introduzir para eles conceitos de análise de dados, conceitos de programação. Ali a gente já começa a realmente ter uma conversa de adulto com esses adolescentes.", afirma Carlan. "Só que o fenômeno incrível que acontece é que eles, por si só, já buscam. Eles falam no grupo, compartilham", completa.
Além da técnica, Carlan também explica que a Olimpíada aborda igualmente questões éticas, morais e políticas que estão envoltas na Inteligência Artificial. O projeto também visa preparar os alunos como profissionais.
Na última etapa, os participantes realizaram tarefas no Laboratório Nacional de Computação Científica, no Rio de Janeiro, o maior supercomputador da América Latina. "Muita gente, que inclusive vai ser da área, nunca vai chegar a tocar, nunca vai chegar a usar esse tipo de tecnologia tão forte", afirma.
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Ícaro descreve que sua participação na Olimpíada transformou sua visão sobre a área.
"Apesar de eu já saber um pouco de tecnologia e tudo mais antes da Olimpíada, ter passado por ela meio que mudou totalmente a visão que eu tinha sobre esse assunto específico. Ela te incentiva a ir atrás de conteúdos que são escassos aqui no Brasil, por ser uma ciência muito recente", relata.
A etapa presencial da Olimpíada Internacional acontece só em agosto, mas a fase inicial online já começou. Para o jovem, os desafios são grandes, mas o motivam a encontrar respostas.
"Os problemas são muito complicados, muito complexos e só de tentar resolver eles já deu para ter um gostinho do quanto que dá para aprender com isso."
Ícaro afirma que a tecnologia já transformou o mundo desde que se tornou acessível a usuários comuns. "Conceitos como os modelos de linguagem, o ChatGPT, que conhecemos hoje, já existiam por volta de 2018", relata. Para ele, a mudança é tão significativa quanto o surgimento do celular ou do próprio computador.
"Mudou a história completamente, e ainda vai mudar ainda mais."
Os outros membros da equipe brasileira são Gabriel Neves Siqueira, de São Paulo (SP); Miguel Cyrineu Vale, de Limeira (SP); e Samuel Mobilia Mota, de Douradina (PR). A IOAI é o principal torneio mundial de IA para estudantes do ensino básico, reunindo equipes de mais de 60 países.
Ícaro Silva da Rosa Linck Fróes, 17 anos, é aluno do 3º ano do Ensino Médio no Colégio La Salle Canoas
Mateus Bruxel/Agência RBS
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