'Mão Morta': entenda o que é arma nuclear 'apocalíptica' da Rússia que fez EUA movimentar submarinos

Donald Trump desloca submarinos depois de ameaça da Rússia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na sexta-feira (1º) que ordenou a movimentação de submarinos nucleares após ameaças da Rússia envolvendo o uso de uma arma conhecida como "Mão Morta".
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▶️ Contexto: O episódio marca uma nova escalada nas tensões entre Rússia e Estados Unidos. Nos últimos dias, Trump vem trocando farpas com Dimitri Medvedev, ex-presidente russo e atual vice do Conselho de Segurança do país.
Na segunda-feira (28), Trump afirmou estar decepcionado com Moscou e deu um prazo de 10 dias para um cessar-fogo com a Ucrânia. Caso contrário, ele prometeu endurecer as sanções contra o governo russo.
Medvedev respondeu no mesmo dia, por meio de uma rede social. O russo acusou o presidente americano de jogar o "jogo do ultimato" e disse que as pressões representam "um passo em direção à guerra".
Na quarta-feira (30), Trump voltou ao ataque, chamou Medvedev de "fracassado" e disse que o russo precisava ter cuidado com as palavras.
Horas depois, Medvedev usou seu canal do Telegram para dizer que o presidente americano estava nervoso e fez uma ameaça: "Trump deveria se lembrar de como a lendária 'Mão Morta' pode ser perigosa".
☢️ Mão Morta: A ferramenta, na verdade, é um sistema de mísseis nucleares com alto poder destrutivo. O sistema costuma ser classificado como uma "arma apocalíptica".
Informações de inteligência indicam que o sistema começou a ser desenvolvido nos anos 1970, em plena Guerra Fria.
Na época, a União Soviética temia o avanço do arsenal nuclear dos EUA e buscava uma forma de garantir resposta em caso de ataque massivo.
Segundo o Centro para Análises Navais (CNA, na sigla em inglês), o sistema foi ativado em 1986 e também é conhecido como "Perimetr".
A existência da Mão Morta foi noticiada pelo jornal The New York Times em 1993. A reportagem descreveu o sistema como uma "máquina do juízo final".
“Se o sistema realmente existir — e alguns analistas de inteligência dos EUA dizem que é improvável, mas possível — isso marcaria a primeira vez na era nuclear em que uma máquina foi programada para apertar o botão [de disparo]”, escreveu o jornal.
? Como funciona: O sistema foi projetado para dar uma espécie de "resposta final" caso o país sofra um ataque que mate as suas principais lideranças, incluindo o presidente.
A ferramenta tem um sistema de sensores localizados junto a centros de comando soviéticos.
Se um ataque nuclear for detectado, o sistema pode iniciar o lançamento de mísseis nucleares especialmente equipados.
Uma vez no ar, os mísseis transmitem os códigos para outros lançadores de mísseis balísticos espalhados pelo país e atacam o inimigo.
O armamento está guardado em estruturas subterrâneas altamente protegidas.
? O nome Mão Morta: O sistema pode ser ativado manualmente ou de forma automática. E é por este motivo que ele ficou conhecido por este nome. Veja, abaixo, os detalhes.
Quando um ataque nuclear é identificado pelos sensores, o sistema envia para a sala de comando os dados e informações sobre o bombardeio.
A partir daí o sistema começa a exigir respostas de "sim" ou "não" da cúpula militar.
Se o comandante supremo — o presidente da Rússia — estiver vivo e puder ser contatado, os militares repassam a ele o pedido do Perimetr e devolvem a decisão ao sistema.
Se não houver resposta, o Perimetr exige uma decisão da maleta nuclear, chamada Cheget.
Se ainda assim não houver retorno, o sistema tenta obter uma resposta de algum centro de comando das Forças de Foguetes Estratégicos da Rússia.
Só se nenhuma dessas tentativas obtiver resposta, o Perimetr autoriza automaticamente o lançamento dos mísseis.
O sistema ganhou o apelido de "Mão Morta" justamente por conseguir ser acionado de forma automática, em um cenário em que as principais lideranças russas estariam mortas.
Informações de inteligência divulgadas pelos EUA em 2017 indicam que o sistema continua ativo. Acredita-se que a ferramenta foi aprimorada ao longo dos anos.
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Trump movimenta submarinos
Putin se reúne com editores de livros didáticos de história em Moscou, em 22 de junho de 2025
Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via Reuters
Em entrevista à emissora Newsmax, nesta sexta-feira, Trump afirmou que enviou dois submarinos nucleares para uma área próxima da Rússia. O presidente americano disse que a operação tem relação com a ameaça feita por Dimitri Medvedev envolvendo o Mão Morta.
“Ele não deveria ter dito isso. Ele tem uma boca solta. Já disse outras coisas antes também. Então, queremos sempre estar preparados”, afirmou Trump.
“Enviei dois submarinos nucleares para a região. Só quero ter certeza de que as palavras dele são apenas palavras, nada além disso.”
Questionado se os submarinos estavam mais próximos da Rússia, Trump respondeu: “Estão mais próximos da Rússia. Sim, estão mais próximos da Rússia.”
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Medvedev respondeu no mesmo dia, por meio de uma rede social. O russo acusou o presidente americano de jogar o "jogo do ultimato" e disse que as pressões representam "um passo em direção à guerra".
Na quarta-feira (30), Trump voltou ao ataque, chamou Medvedev de "fracassado" e disse que o russo precisava ter cuidado com as palavras.
Horas depois, Medvedev usou seu canal do Telegram para dizer que o presidente americano estava nervoso e fez uma ameaça: "Trump deveria se lembrar de como a lendária 'Mão Morta' pode ser perigosa".
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Informações de inteligência indicam que o sistema começou a ser desenvolvido nos anos 1970, em plena Guerra Fria.
Na época, a União Soviética temia o avanço do arsenal nuclear dos EUA e buscava uma forma de garantir resposta em caso de ataque massivo.
Segundo o Centro para Análises Navais (CNA, na sigla em inglês), o sistema foi ativado em 1986 e também é conhecido como "Perimetr".
A existência da Mão Morta foi noticiada pelo jornal The New York Times em 1993. A reportagem descreveu o sistema como uma "máquina do juízo final".
“Se o sistema realmente existir — e alguns analistas de inteligência dos EUA dizem que é improvável, mas possível — isso marcaria a primeira vez na era nuclear em que uma máquina foi programada para apertar o botão [de disparo]”, escreveu o jornal.
? Como funciona: O sistema foi projetado para dar uma espécie de "resposta final" caso o país sofra um ataque que mate as suas principais lideranças, incluindo o presidente.
A ferramenta tem um sistema de sensores localizados junto a centros de comando soviéticos.
Se um ataque nuclear for detectado, o sistema pode iniciar o lançamento de mísseis nucleares especialmente equipados.
Uma vez no ar, os mísseis transmitem os códigos para outros lançadores de mísseis balísticos espalhados pelo país e atacam o inimigo.
O armamento está guardado em estruturas subterrâneas altamente protegidas.
? O nome Mão Morta: O sistema pode ser ativado manualmente ou de forma automática. E é por este motivo que ele ficou conhecido por este nome. Veja, abaixo, os detalhes.
Quando um ataque nuclear é identificado pelos sensores, o sistema envia para a sala de comando os dados e informações sobre o bombardeio.
A partir daí o sistema começa a exigir respostas de "sim" ou "não" da cúpula militar.
Se o comandante supremo — o presidente da Rússia — estiver vivo e puder ser contatado, os militares repassam a ele o pedido do Perimetr e devolvem a decisão ao sistema.
Se não houver resposta, o Perimetr exige uma decisão da maleta nuclear, chamada Cheget.
Se ainda assim não houver retorno, o sistema tenta obter uma resposta de algum centro de comando das Forças de Foguetes Estratégicos da Rússia.
Só se nenhuma dessas tentativas obtiver resposta, o Perimetr autoriza automaticamente o lançamento dos mísseis.
O sistema ganhou o apelido de "Mão Morta" justamente por conseguir ser acionado de forma automática, em um cenário em que as principais lideranças russas estariam mortas.
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Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via Reuters
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