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Acre aplica mais de 13 mil doses de vacina contra o sarampo em menos de um mês

Acre aplica mais de 13 mil doses de vacina contra o sarampo em menos de um mês
Órgãos de saúde intensificaram campanhas de imunização contra o sarampo
Arquivo/Prefeitura de Brasiléia
Em meio ao alerta devido aos casos de sarampo na Bolívia, mais de 13 mil doses de vacinas contra a doença já foram aplicadas em 24 dias no Acre, de acordo com um balanço parcial da Divisão de Imunização e Rede de Frio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre).
Os dados mostram que, do dia 24 de junho até o último dia 18 de julho, foram aplicadas 12.962 doses da tríplice viral e outras 623 da dupla viral. Com isso, ao todo, foram feitas 13.585 aplicações.
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O balanço, entretanto, não lista a quantidade de doses por município nem as faixas etárias imunizadas.
Dez dias após emitir um alerta para o surto da doença no país vizinho, a Saúde acreana decretou emergência no dia 17 deste mês e reforçou medidas de prevenção, principalmente nas cidades na área de fronteira.
O último caso de sarampo registrado no Acre foi em 2000, segundo a Sesacre. Sete casos suspeitos estavam em investigação até a manhã desta quarta-feira (23).
Sete cidades do Acre fazem fronteira com a Bolívia; faixa tem mais de 600 km
Renato Menezes/Arte g1
A fronteira entre o Acre e a Bolívia possui uma extensão de, aproximadamente, 618 km e, dentre os 22 municípios acreanos, sete fazem fronteira. São eles: Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba, Plácido de Castro e Acrelândia.
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Cidades do Acre que ficam na fronteira da Bolívia intensificam vacinação contra o sarampo
Vacinação contra o sarampo no Acre
Arquivo/Prefeitura de Brasiléia
Casos na Bolívia
De acordo com o último boletim da Bolívia compartilhado pela Sesacre, já são 148 casos confirmados de sarampo no país vizinho.
A maior parte (124) das confirmações vem do distrito de Santa Cruz. Já em Pando, onde fica a cidade de Cobija, vizinha ao Acre, somente um caso foi confirmado.
Ação fez parte das medidas de prevenção contra o sarampo na Expoacre 2025
Reforço na imunização
Para evitar a reintrodução do vírus que não circula no estado há mais de 24 anos, municípios como Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil, na regional do Alto Acre, iniciaram um mutirão de vacinação na semana passada.
O município de Epitaciolândia, inclusive, vai organizar mais uma edição do Dia D contra o sarampo neste sábado (26). A imunização tem como público alvo a população de seis meses de vida até 59 anos, e vai ocorrer na Praça Edmundo Pinto e na UBS José Francisco do Nascimento, das 8h às 16h
Segundo a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), por se tratar de uma doença contagiosa e com circulação confirmada no país vizinho, a vigilância precisa ser redobrada, especialmente em áreas de fronteira.
“Nesse momento, o público-alvo foi ampliado. Estamos aplicando a chamada dose zero em crianças a partir de seis meses e até menores de um ano. Já a vacina de rotina, que faz parte do calendário básico, começa a partir de um ano de idade”, explicou a técnica de enfermagem Gilmara Lopes ao Bom dia Acre.
No sábado (19), o Plano Nacional de Imunizações no Acre (PNI-AC) também organizou um mutirão de vacina no Parque de Exposições Wildy Viana, onde está sendo montada a estrutura para a Expoacre 2025 em Rio Branco.
A ação buscou imunizar os trabalhadores e todo o público que visitou o local durante o lançamento da programação, com o objetivo de se adiantar à concentração de um grande número de pessoas durante a feira.
Coordenadora do órgão, Renata Quiles ressaltou que até a manhã de sábado a procura pelas doses na ação era baixa. Ela também alertou que o público adulto e de idosos têm procurado unidades para buscar a tríplice viral, aplicada contra o sarampo, mas, o foco principal é o de crianças abaixo dos dois anos de idade. Esta faixa etária está abaixo da meta, que é de 95%.
"Nós não temos registro dela desde 2000 aqui no estado do Acre, mas a doença nunca chegou tão perto da gente como está agora, tanto com casos confirmados na Bolívia, até em Pando. Como a gente já tem os casos suspeitos que estão em investigação no nosso estado, o único método seguro e eficaz é a vacinação, a forma de prevenir”, completou a gestora.
Como identificar se a vacina está em dia?
Acre está em alerta devido ao surto de casos de sarampo na Bolívia
Segundo Gilmara, uma das principais dúvidas da população é sobre a anotação na carteira de vacinação. A vacina pode aparecer com diferentes siglas.
“Pode estar escrita como TV (tríplice viral), DV (dupla viral) ou até como tetra viral, que é aplicada em crianças de um ano e três meses. Se a pessoa tiver dúvida, é só levar a caderneta até uma unidade de saúde. A gente confere e, se necessário, aplica a dose”, afirmou a técnica.
As demais orientações dadas pela profissional são:
Quem tem entre 1 e 29 anos precisa de duas doses;
Quem tem entre 30 e 59 anos, uma dose é suficiente;
Acima de 60 anos, a vacina não faz parte do calendário regular, mas pode ser indicada em situações específicas, com prescrição médica.
Acre decreta emergência devido a surto de sarampo na Bolívia
O que é o sarampo?
O sarampo é uma infecção viral altamente contagiosa e transmitida por gotículas liberadas ao falar, tossir ou espirrar. Os principais sintomas incluem febre alta, tosse seca, manchas vermelhas no corpo, conjuntivite e coriza. Em casos mais graves, pode evoluir para pneumonia, meningite e até levar à morte.
“A vacina é a única proteção que temos. Não existe medicação para o sarampo, então, se a pessoa está vacinada, está protegida. É isso que garante o bloqueio da doença e evita que o vírus entre no país”, reforçou.
No Acre, todas as salas de vacinação estão abastecidas, segundo o Plano Nacional de Imunizações (PNI-AC). Somente na última semana, o estado recebeu mais de 36 mil doses do imunizante.
O esquema de imunização contra o sarampo prevê duas doses para pessoas de um a 29 anos. Entre 30 e 59 anos, uma dose é suficiente.
Arquivo/Sesacre
Em caso de sintomas gripais ou suspeita de sarampo, recomenda-se evitar aglomerações e usar máscara. Medidas simples como higienizar as mãos com frequência e manter os ambientes ventilados também ajudam a reduzir os riscos de transmissão.
Caso apresente os sinais e sintomas da doença, a recomendação é procurar a assistência em saúde imediatamente e evitar o contato com outras pessoas.
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