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Moradores de ramal no AC cobram direito à moradia, fecham rodovia e causam congestionamento

Moradores de ramal no AC cobram direito à moradia, fecham rodovia e causam congestionamento
Manifestantes fecham Rodovia AC-10 e protestam contra reintegração de posse no Ramal dos Paulistas
Moradores do Ramal dos Paulistas, em Porto Acre, no interior do estado, fecharam a rodovia AC-10 nos dois sentidos, na manhã desta segunda-feira (23), para manifestar a respeito do direito à moradia. A interdição ocorre no km 22, sentido Porto Acre/Rio Branco,
O protesto iniciou às 6h e segue até a última atualização desta reportagem. Uma fila de veículos foi formada no local, o que causou congestionamento. A Polícia Militar (PM-AC) está no local.
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Segundo a Associação de Moradores e Produtores Rurais Nova Vida, somente 13 famílias estão com direitos à reintegração de posse na região. São pelo menos 300 famílias que moram no local.
A reportagem entrou em contato com representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e aguarda retorno.
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Lucas Thadeu/Rede Amazônica
Dentre as reivindicações, os protestantes pedem representantes da Comissão de Soluções Fundiárias do Poder Judiciário do estado. De acordo com o presidente da associação, Raimundo Barbosa, mais de 280 famílias ainda seguem sem ser contempladas.
Esta comissão busca fazer visitas técnicas e estabelece protocolos para o tratamento das ações que envolvam despejos ou reintegrações de posse em imóveis de moradia coletiva ou de área produtiva de populações vulneráveis.
"O juiz da comissão determinou que houvesse um levantamento dentro da terra, para que venha reconhecer as famílias que lá dentro estão. No caso, o Incra foi fazer, mas simplesmente foi suspenso. E houve uma audiência agora no último dia 17, que o juiz determinou que fosse feito um novo levantamento", falou o presidente da associação.
Impasses
Em maio deste ano, a associação de moradores procurou a Defensoria Pública do Estado (DPE-AC) para que atuassem no caso. Segundo o processo administrativo, trata-se da demanda possessória que alega a ocupação irregular da Fazenda Santa Amélia, na zona rural de Porto Acre.
Por conta disto, foi instaurado um processo para que a comissão do TJ-AC atuasse na garantia de moradia das mais de 300 famílias da região, o que totaliza mais de 1 mil pessoas.
Os manifestantes, então, alegam que o relatório socioeconômico não foi concluído e que a interrupção deste levantamento impacta as atividades das famílias.
O Incra, segundo o documento, 'atua no mapeamento da área em conflito com a descrição das famílias ocupantes, bem como a localização e a extensão das respectivas posses'.
Congestionamento
O protesto causou congestionamento na região. Dentre as pessoas que foram afetadas pelo bloqueio da via está a cuidadora de idosos Maria Aparecida. Ela está na região desde às 6h40 esperando para passar e já avisou aos patrões que chegará atrasada.
"Eu cuido de idosos e não tô conseguindo chegar até o meu local de trabalho por causa dessa manifestação aí. Já teve até confusão. E aí eu não sei que horas eles vão liberar pra gente passar, porque precisamos passar, né? A gente tem o direito de ir e vir, estamos submissos a eles", falou.
*Colaboraram os repórteres Lucas Thadeu e Júnior Andrade, da Rede Amazônica Acre.
Maria Aparecida é cuidadora de idosos e aguarda a liberação da via para poder ir trabalhar
Júnior Andrade/Rede Amazônica
VÍDEOS: g1

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